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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O Curioso Caso de Travis Walton


 

O caso Travis Walton diz respeito a uma série de acontecimentos com um lenhador americano (foto abaixo) a partir de novembro de 1975, quando teria sido abduzido por um disco voador no Parque Nacional de Apaches-Sitgreaves, nos Estados Unidos, sob a vista de amigos e reaparecendo cinco dias depois. O caso de Walton recebeu considerável publicidade da mídia, sendo um dos exemplos mais conhecidos de alegada abdução alienígena, e um dos poucos com testemunhas oculares. Nunca antes um relato de abdução começou da maneira relatada por Walton e seus colegas de trabalho; além disso, o caso é singular no aspecto de que o protagonista desapareceu por dias a fio, com policiais à sua procura.
 

Contexto do caso

O caso começou no dia 05 de novembro de 1975. Walton era empregado de Mike Rogers, que durante nove anos fora contratado pelo Serviço Florestal para diversas tarefas. Rogers, então com 28 anos, e Walton, com 22, eram melhores amigos; Travis namorava a irmã de Roger, Dana, com quem mais tarde se casaria. Os outros homens no grupo eram Ken Peterson, John Goulette, Steve Pierce, Allen Dallis e Dwayne Smith, que viviam na pequena cidade de Snowflake, Arizona. Rogers fora contratado para podar árvores baixas e outros arbustos em uma grande área. O trabalho era o contrato mais lucrativo de Rogers, mas seu pessoal estava com o cronograma atrasado. Assim, precisavam trabalhar durante longos turnos para atender o contrato, normalmente das 6h da manhã até o por do sol.

Uma descoberta no meio da mata
Pouco depois das 18h, no anoitecer de 5 de novembro, Roger e seu grupo haviam terminado seu trabalho naquele dia e se acomodavam na caminhonete para voltarem à cidade. O grupo informou que logo depois de começar o trajeto, viu uma luz brilhante vindo de trás de uma colina. Ao se aproximar de carro o bastante para ver a fonte da luminosidade, perceberam que esta emanava de um objeto discóide parado a uns 6m de altura e dividido por linhas verticais escuras. O disco tinha aproximadamente 2,5m de altura e 6m de diâmetro.

Rogers diminuiu a velocidade da caminhonete até parar, após o que, segundo eles, Walton saltou da caminhonete e correu em direção ao disco. Os outros homens disseram que gritaram para que Walton voltasse, mas ele continuou em direção ao disco. Os homens relataram que Walton estava quase abaixo do disco quando o objeto começou a emitir ruídos muito altos, similares aos de uma turbina. A espaçonave começou a rodopiar e Walton se abaixou atrás de uma pedra. Ao se levantar para voltar à picape sentiu como que uma alta descarga elétrica e desmaiou. Ele aparentemente não viu o que o acertou, mas seus amigos sim: um forte raio de luz azul saído do disco.

Rogers disse mais tarde que estava convencido de que Walton morrera e, assim, se afastou dirigindo rapidamente pela estrada acidentada, com medo de que o disco estivesse perseguindo a caminhonete. Quando já estavam distantes do local, Rogers olhou para trás e viu que nada os seguia. As discussões começaram sem demora. Peterson e Rogers disseram que eles deveriam voltar e pegar Walton, mas alguns rejeitaram a ideia. Logo depois, todos concordaram em voltar. Ainda estavam se aproximando do local do incidente quando Rogers, o motorista, conseguiu ver rapidamente entre as árvores, ao longe, o objeto luminoso subindo e afastando-se em alta velocidade. Quando chegaram ao lugar onde haviam abandonado Walton, estava tudo quieto. Ainda receosos, saíram do veículo juntos, mas acabaram por se separar para vasculhar melhor a área, chamando pelo amigo. Inicialmente eles ficaram aliviados por não encontrar nenhum corpo, achando que Walton havia escapado.
 

A busca por Travis Walton
 
Aproximadamente às 19h30, Peterson ligou para a polícia. O agente Chuck Ellison respondeu à chamada. Inicialmente, Peterson informou que um membro de sua equipe de madeireiros estava desaparecido. Em seguida, Ellison se encontrou com os homens em um centro comercial, onde relataram a história, todos eles perturbados, dois em prantos, e embora estivesse cético a princípio sobre aquele relato fantástico, Ellison mais tarde refletiu que se estivessem fingindo, eram tremendamente bons naquilo. Rogers insistia em retornar ao local imediatamente para procurar por Walton, com cães farejadores, se possível. Não havia cães disponíveis, mas os policiais e alguns dos homens retornaram ao local. Três dos membros do grupo estavam perturbados demais para serem úteis em uma busca e, assim, decidiram voltar para Snowflake e relatar as más notícias aos amigos e familiares.

De volta ao local, os policiais começaram a suspeitar da história relatada pelo grupo, principalmente porque não havia nenhum indício físico para comprovar o relato. Embora mais policiais e voluntários chegassem ao local, não encontraram nenhum sinal de Walton. As noites de inverno podem ser bem frias nas montanhas e Walton usava somente jeans, uma jaqueta de brim e uma camiseta. A polícia temia que Walton pudesse sucumbir à hipotermia se estivesse perdido.

Na manhã de 06 de novembro, muitos agentes e voluntários haviam vasculhado a área no local em que Travis desaparecera. Nenhum vestígio dele fora descoberto e a suspeita aumentava entre os policiais de que a história do Ovni fora inventada para encobrir um acidente ou homicídio. No sábado de manhã, Rogers e Duane Walton chegaram ao escritório do xerife Gillespie explosivamente furiosos por terem retornado ao local e não encontrado nenhum policial lá. Naquela tarde, a polícia buscava por Travis com helicópteros, homens a cavalo e jipes.

Publicidade do desaparecimento

No sábado, a notícia do desaparecimento de Walton já havia se espalhado internacionalmente. Repórteres, ufólogos e curiosos começaram a chegar a Snowflake. Entre os visitantes estava Fred Sylvanus, um investigador de discos voadores que entrevistara Rogers e Duane Walton. Embora repetidamente expressando preocupação pelo bem-estar de Travis, ambos os homens deram declarações que os atormentariam quando usadas pelos críticos.

Nas gravações feitas por Sylvanus, Rogers notou que, por causa do desaparecimento de Travis e da busca posterior, não conseguiria cumprir seu contrato com o Serviço Florestal e esperava que a busca por seu amigo desaparecido aliviasse a situação. Duane Walton informou que ele e Travis tinham bastante interesse em ufologia e que uns doze anos antes Duane vira um Ovni similar àquele visto pelo grupo de madeireiros. Duane relatou que ele e Travis haviam decidido que, se tivessem chance, chegariam mais perto possível de qualquer disco voador que vissem. Mais tarde, Travis diria que nunca tivera um grande interesse em ufologia, mesmo depois da suposta abdução.

Logo depois da entrevista de Sylvanus, o delegado de Snowflake, Sanford Flake, declarou que todo o caso fora uma peça engendrada por Duane e Travis. Eles haviam enganado a turma de madeireiros acendendo um balão e soltando-o no momento apropriado. A esposa de Flake discordava, dizendo que a história do marido era tão forçada quanto a de Duane Walton.
 

Passando pelo polígrafo
 

Na segunda-feira, 10 de novembro, todos os outros membros do grupo de Rogers passaram por um teste com o polígrafo. Seu questionário perguntava se algum dos homens fizera algum mal a Travis, se sabiam onde o corpo de Travis estava enterrado e se disseram a verdade sobre terem visto um disco voador. Todos os homens negaram ter ferido Travis, negaram saber onde seu corpo estava e insistiram que realmente viram um Ovni. No final, foi constatado que todos eles estavam falando a verdade sobre o que tinham visto na floresta. Após os testes do polígrafo, o xerife Gillespie anunciou ter aceitado a história da abdução.

O retorno de Travis Walton

Pouco antes da meia-noite de segunda-feira, 10 de novembro, Grant Neff relatou ter atendido o telefone de sua casa. Neff era casado com a irmã de Travis, Alison. O outro lado, uma voz tênue disse: “É Travis. Estou em uma cabine telefônica no posto de gasolina de Heber e preciso de ajuda. Vem me buscar”. Neff disse que, no início, pensou ser mais um trote. Contudo, antes que Neff desligasse o telefone, a pessoa falou novamente, quase histérica e gritando: “Sou eu, Grant! Estou ferido e preciso muito de ajuda. Vem logo me buscar”. Neff reconsiderou a identidade da pessoa do outro lado da linha: seu pânico parecia genuíno e, assim, Neff e Duane Walton dirigiram até o posto de gasolina.

Eles disseram ter encontrado Travis lá caído. Usava as mesmas roupas de quando desapareceu, ainda inadequadas, já que a temperatura era de aproximadamente -7°C, parecia mais magro e não ter se barbeado durante o tempo em que esteve ausente. Durante a viagem de volta a Snowflake, Travis parecia assustado, trêmulo e ansioso, balbuciando repetidamente sobre seres com olhos terríveis. Pensava que estivera ausente apenas por algumas horas. Quando soube que sumira por quase uma semana, pareceu atordoado e parou de falar.

Duane Walton disse que decidiu não revelar a volta de Travis imediatamente, preocupado com a condição aparentemente frágil de seu irmão. Por não avisar as autoridades, Duane seria acusado de cumplicidade na ocultação de indícios que ele e Travis poderiam não querer que a polícia visse. Na casa de sua mãe, Travis disse que tomou banho e comeu, mas que não conseguia deixar de vomitar, mesmo após refeições leves.

Após receber informação de um funcionário da companhia telefônica aproximadamente às 2h30min, a polícia soube que alguém ligara para a família Neff de um telefone público no posto de gasolina de Heber. Gillespie enviou agentes para coletar impressões digitais das cabines, mas tanto quanto os agentes puderam perceber no escuro, nenhuma das impressões era de Travis. Esse fato seria notado por críticos que pensavam que todo o caso era um trote, enquanto os que defendem o caso alegaram que um exame de impressões digitais feito no escuro, nas primeiras horas da madrugada, por dois agentes usando lanternas, dificilmente seria o ideal, sequer suficiente.
 

O retorno de Travis ganha as manchetes de todo o mundo

Na tarde de terça-feira, o retorno de Travis vazou para o público. Duane recebeu um telefonema de Spaulding e disse a ele que não importunasse a família novamente. Entre outros telefonemas à procura de notícias sobre o retorno de Travis, um veio de Coral Lorenzen, da Apro, um grupo civil de pesquisa de Ovnis. Coral prometeu a Duane que ela providenciaria que Travis fosse examinado por dois médicos, um clínico geral, Joseph Saults, e um pediatra, Howard Kandell, na casa de Duane, que concordou.

Entre o telefonema de Lorenzen e o exame do médico, outro personagem apareceria e complicaria enormemente a história. Lorenzen recebeu um telefonema de um funcionário do “National Enquirer”, um tabloide americano conhecido por seu tom sensacionalista. O funcionário do “Enquirer” prometeu financiar as investigações da Apro, em troca da cooperação para ter acesso aos Walton. Uma vez que os recursos financeiros do jornal eram bem maiores que os da Apro, Lorenzen aceitou o acordo.

O exame médico revelou que Travis estava essencialmente em boas condições, mas que duas características incomuns foram notadas: um pequeno ponto vermelho na dobra do cotovelo direito de Travis, condizente com a picada de uma injeção, porém os médicos notaram que o ponto não estava próximo de nenhuma veia. A análise da urina de Travis revelou uma falta de cetonas. Isso era incomum, já que Travis estivera ausente por cinco dias com muito pouca ou nenhuma comida, conforme insistia (e sua perda de peso sugeria), e seu corpo já deveria ter começado a consumir gorduras para sobreviver, elevando os níveis de cetonas na urina. Os críticos argumentariam que essa incoerência seria um indício contra a história de Travis.

Travis especularia mais tarde que a marca em seu cotovelo poderia ter sido contraída durante o trabalho com a madeira. Os críticos especulariam que a marca demonstrava que Travis (ou outra pessoa) injetara drogas em seu sistema. Os exames médicos, porém, não encontraram nenhum indício disso. Quando o xerife Gillespie soube do retorno de Travis através da mídia, ficou furioso. Gillespie pensava ter demonstrado sua crença na história de discos voadores com seu anúncio após os testes do polígrafo. Duane, contudo, ainda estava ressentido com o que acreditava ter sido um esforço apático das buscas por Travis. Travis, então, contou a Gillespie o que acontecera durante os cinco dias em que estivera ausente. Foi a primeira vez em que contou o ocorrido a alguém, a não ser sua família e amigos mais chegados.

Dentro do suposto disco voador

De acordo com Walton, ele foi abduzido pelo Ovni. Quando voltou a si, estava cheio de dores pelo corpo, num enorme mal-estar físico. Nos primeiros instantes não se atreveu a abrir os olhos, tal era a dor. Finalmente os abriu e começou a distinguir as primeiras formas. Percebeu que estava deitado sobre uma mesa e viu um retângulo no teto do qual saía uma luz difusa que iluminava a sala. Pensando estar num hospital e ainda com a visão debilitada, ele sentiu uma pressão no abdômen e percebeu que três figuras, provavelmente médicos, vestidos de vermelho, colocaram um estranho aparelho metálico na sua barriga.

Walton começava a achar estranha a cor das roupas dos médicos que o examinavam quando recuperou a visão abruptamente. Olhou então melhor e ficou chocado: não eram médicos que o observavam, mas sim pequenas criaturas com olhos escuros enormes. As suas cabeças eram desproporcionais em relação ao corpo e não apresentavam cabelos nem nariz ou orelhas salientes. As suas roupas eram constituídas por uma peça única, sem cintos nem qualquer tipo de adereços. “Pareciam com fetos”, diria mais tarde.

Assustado, Walton levantou-se rapidamente da mesa empurrando uma das criaturas e fazendo o aparelho que estava na sua barriga cair no chão. Ele percebeu que os seres eram bem leves e fáceis de derrubar. No entanto, Walton ainda estava muito enfraquecido e não conseguiu se aguentar nas pernas, apoiando-se na mesa. Ao ver que as criaturas aproximavam-se para agarrá-lo, tentou então vencer a sua fraqueza, pondo-se de pé e agarrando um tubo transparente de cima da mesa. Tentou quebrar a parte de cima para poder ameaçar os seres, mas o objeto era inquebrável. Os seres faziam sinais de “não” ou “pare”. Walton começou a gritar para as criaturas se afastarem. Depois de o encararem por alguns instantes, os seres saíram por uma porta atrás de si rapidamente, em direção a um corredor. Walton, nervoso, e apoiando-se numa bancada, começou a observar os estranhos objetos do aposento à procura de algo melhor para se defender caso as criaturas voltassem.

Vendo que nada acontecia, decidiu também ele sair pela porta em direção ao corredor, onde não se via ninguém. Passou por uma porta à esquerda que dava para o que parecia ser uma sala, mas não se atreveu a olhar lá para dentro, tal era o medo. Mais à frente, outra porta, desta vez à direita. Walton abrandou o passo, na esperança de encontrar ali uma saída.

Entrou numa sala redonda com três retângulos nas paredes, semelhantes a três portas fechadas. No centro da sala estava uma cadeira voltada de costas para a entrada. Walton decidiu entrar devagar, receando que alguém estivesse sentado na cadeira. Vendo que estava desocupada, aproximou-se. Observou um estranho fenômeno: à medida que se aproximava da cadeira, as paredes da sala iam escurecendo. Pontos brilhantes apareciam como estrelas. Quando chegou à cadeira, era como se as paredes tivessem ficado transparentes e ele pudesse ver o céu noturno. No braço esquerdo da cadeira ficava uma pequena alavanca e no direito um display luminoso com filas de botões coloridos. Pensando que um daqueles botões podia abrir alguma porta, Walton começou a apertá-los, sendo a única reação uma alteração dos ângulos e da posição das linhas que surgiam no display luminoso. Decidiu então sentar-se na cadeira, obviamente feita para alguém com um corpo menor que o seu. Pegando na alavanca à direita e pressionando-a para a frente, viu as estrelas todas moverem-se rapidamente para baixo, como se ele estivesse a conduzir a nave. Receoso de causar um acidente, de desviar o curso da nave e não saber voltar decidiu não tocar em mais nada.

Voltando para a extremidade da sala, as paredes voltaram a ficar como estavam ao princípio e ele tentou encontrar algo que abrisse uma das três portas na parede, sem sucesso. Voltou à cadeira e novamente as paredes escureceram. De repente, Walton ficou surpreendido pelo que viu na porta de acesso: outro ser humano! O humanoide tinha uns dois metros de altura e vestia um capacete transparente; era musculoso, tinha cabelos loiros compridos e vestia uma roupa justa azul.

Walton correu até ele e começou a fazer várias perguntas, mas o homem manteve-se calado. Depois, agarrou Walton pelo braço. Ele achou que o homem não respondeu nada por causa do seu capacete e pensou que ele o levaria para um lugar onde ele poderia tirar o capacete e conversar. Eles finalmente foram a uma outra sala, onde Walton viu uma mulher e dois homens sentados na sala. Eles estavam vestidos iguais ao ser que o acompanhava e como ele tinham feições e corpo perfeitos. A mulher tinha um cabelo mais comprido do que os dos homens. Eles não usavam capacetes. Walton chegou a perguntar onde estava. Os seres somente olharam para ele com uma expressão serena. O ser que estava de capacete sentou Walton numa cadeira e saiu da sala.

Walton continuava a falar, e a mulher e um dos homens pegaram seus braços e colocaram numa mesa próxima, mas ainda com aquela expressão de compaixão e serenidade. Ele viu que eles não iriam responder a nada e então começou a gritar com eles. A mulher pegou um objeto que parecia uma máscara de oxigênio, mas sem tubo, e colocou no nariz e boca de Walton que perdeu a consciência e só acordou quando estava deitado perto de uma rua em Heber. Ao acordar, ele ainda pôde ver o objeto se distanciando.
 
 


Teste do polígrafo omitido e mais controvérsia

Nesse meio tempo, Spaulding anunciara à imprensa que ele havia entrevistado Walton por duas horas e descobriu incoerências no relato. O “Phoenix Gazette” publicou uma história, relatando suas alegações de que “os Walton temiam a revelação” de uma mentira cuidadosamente fabricada. O xerife Gillespie providenciou um teste de polígrafo, mas quando a realização do teste vazou para a imprensa, Duane o cancelou, acreditando que Gillespie quebrara sua promessa de manter o teste em segredo.

O “National Enquirer” queria que Travis se submetesse ao polígrafo o mais rápido possível e providenciou um, após Duane insistir que ele e Travis teriam o poder de vetar qualquer divulgação pública dos resultados do teste. Alguém poderia crer que Travis estava por demais perturbado para se submeter ao polígrafo.

Ao entrevistar Travis antes do início do teste, o especialista conseguiu que Travis admitisse duas coisas: primeiro, que já fumara maconha algumas vezes, embora não usasse a droga regularmente, e segundo, que ele e o irmão mais novo de Mike Rogers haviam fraudado cheques alguns anos antes, alterando folhas de pagamentos. Esse era seu único caso sério com a lei – Travis cumprira dois anos em condicional, sem outros incidentes –, mas Travis continuou profundamente embaraçado pelo episódio da fraude de cheques. Em certa ocasião, ele alegou ter sido preso pelo crime, quando na verdade passou dois anos em condicional por ser réu primário.

O especialista, então, administrou o teste do polígrafo, que permanece envolto em controvérsias. Travis diz que o homem se comportou de maneira não profissional, enquanto o especialista insiste que Travis, além de não passar no teste, tentou fraudá-lo. Após concluir o exame, determinou-se que Travis estava mentindo. Algumas vezes Travis prendia a respiração, num esforço para enganar a máquina.

Os Walton, a Apro e o “National Enquirer” concordaram, então, em manter os resultados desse teste em segredo, devido em grande parte, insistiam, às dúvidas sobre os métodos e a objetividade. Oito meses depois, quando o público soube dessa decisão, houve mais acusações de engodo e encobrimento. Posteriormente, Travis se submeteria a dois exames poligráficos adicionais e passaria em ambos, embora os resultados omitidos do primeiro teste permanecessem como uma nódoa e fossem mencionados em quase todas as discussões do caso e o sejam até o hoje.

Philip J. Klass, jornalista de aviação por profissão, mas também conhecido antagonista de histórias de discos voadores, lançou uma crítica conjunta e constante contra as alegações de Travis, alegando especialmente que havia forte motivo financeiro para todo o caso. Segundo Klass, Rogers sabia que não conseguiria concluir seu contrato com o Serviço Florestal e engendrou um esquema para invocar a cláusula de caso fortuito do contrato, rescindindo-o, dessa forma, sem inadimplência.

Klass e outros também notaram que o programa “O incidente do Ovni” fora transmitido pela rede NBC apenas algumas semanas antes do desaparecimento de Travis. Esse filme feito para a televisão era um relato ficcional baseado na abdução dos Hill, o primeiro caso amplamente publicado de abdução por alienígenas. Klass e outros especularam que Walton se inspirara no programa. Walton negou ter assistido o filme.
 


As consequências do caso

Em 1978, Walton publicou “The Walton experience”, com sua própria narrativa do evento e suas consequências. O livro apresenta alguns erros fundamentais que prejudicam seriamente o caso. Embora Travis proclame virtuosamente que pretende somente relatar os eventos e não interpretá-los, grandes partes do livro são nada mais que altamente especulativas e recriações puramente imaginativas do autor. Por exemplo, após ter ficado inconsciente por causa do facho de luz azul, Walton apresenta um diálogo preciso, romanesco, descrevendo as conversas de seus colegas após se afastarem em pânico. Ainda assim, Walton nunca menciona se está parafraseando com base no que relataram a ele, se entrevistou os outros para determinar quem disse o que, ou se simplesmente presumiu o que disseram. Após o furor inicial ter diminuído, Walton continuou em Snowflake e veio se tornar capataz da madeireira, casando-se com Dana Rogers, com quem teve vários filhos. Além do filme baseado nesse encontro, Travis apareceu ocasionalmente em convenções ou especiais de TV sobre discos voadores.
 


Apesar da ampla publicidade, o caso ainda permanece totalmente controverso. Céticos e crédulos continuam debatendo se Travis Walton e sua abdução são um fato ou uma farsa. Ele mantém um site até hoje que relata o seu caso – que pode ser visitado clicando aqui. Acreditamos que as circunstâncias pesam mais para o lado da farsa, quando houve necessidade de romper com o governo americano por um trabalho que não estava sendo feito. Ufólogos continuam debatendo sobre este caso, hoje clássico do ambiente alien que nos permeia.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Os Nove Homens Desconhecidos


 

No ocultismo os nove homens desconhecidos são uma sociedade secreta milenar fundada pelo imperador indiano Ashoka em 270 AC. Segundo a lenda, após a sua conversão ao budismo após um massacre durante uma de suas guerras, o imperador fundou a Sociedade dos Nove para preservar e desenvolver os conhecimentos que seriam perigosos para a humanidade caso caísse em mãos erradas.  Os nove homens desconhecidos criados por Asoka também foram acusados de manipulação da cultura indiana com o objetivo de modificar a imagem de um povo orientado misticamente em um povo materialista, a fim de ocultar o conhecimento científico avançado que estava sendo acumulado. Algumas versões da história incluem uma motivação adicional do imperador em esconder esses conhecimentos científicos: os restos do Império Rama, uma versão indiana de Atlantis, que de acordo com a escritura hindu foi destruída por armas avançadas 15.000 anos atrás.

Entre as numerosas figuras que caminharam entre as linhas do ocultismo e da ficção científica, os mais proeminente (e aparentemente primeiros) Louis Jacolliot, Talbot Mundy, e mais tarde Louis Pauwels e Jacques Bergier em sua obra 'Despertar dos Mágicos', propagaram a história dos 'Nove' alegando que a sociedade ocasionalmente, revelou-se a pessoas sábias de fora, como o Papa Silvestre II, que diziam ter recebido entre outras coisas, a formação em poderes sobrenaturais e uma cabeça falante robótico (?). Em tempos mais recentes de acordo com este círculo, os 'Nove' ajudaram a humanidade revelando o segredo da Vacina contra a cólera. Entre os teóricos da conspiração os 'Nove Desconhecidos' são frequentemente citados como uma das sociedades secretas mais antigas e mais poderosas do mundo. Na subcultura das conspirações a imagem do grupo não é uma unanimidade em relação a ser ou não benigna. Teosofistas acreditam que os 'Nove' são uma organização real que estão trabalhando para o bem da humanidade. Acredita-se que cientistas indianos modernos como Jagdish Chandra Bose possam ser membros dos 'Noves', embora documentação sobre esta questão é previsivelmente escassa.

Os livros dos Noves

Cada um dos 'Nove' são supostamente responsáveis pela guarda e melhoramento de um único livro. Cada um desses livros lidam com um ramo diferente de conhecimento potencialmente perigoso.

Tradicionalmente acredita-se que os livros cobrem os seguintes temas:

1 - Propaganda e guerra psicológica.

2 - Fisiologia incluindo instruções sobre como realizar o "toque da morte". O Judo seria um produto de material vazado deste livro.

3 - Microbiologia e de acordo com as mais recentes especulações, biotecnologia. Em algumas versões do mito, as águas do Ganges são purificados com micróbios especialmente desenhados pelos 'Nove' e lançados no rio de uma base secreta no Himalaia.

4 - Alquimia incluindo a transmutação dos metais. Na Índia há um rumor persistente de que em épocas de seca ou tempos de outros desastres naturais, as organizações religiosas recebem grandes quantidades de ouro de uma fonte desconhecida.

5 - Comunicação incluindo as relações com os extraterrestres.

6 - Gravitação. O livro 6 dizem conter as instruções necessárias para construir um Vimana, por vezes referido como os "antigos da UFOs da Índia."

7 - Cosmologia.

8 - Luz.

9 - Sociologia das evoluções das sociedades e como prever suas quedas.

De acordo com algumas interpretações de textos que sobreviveram, o futuro da Índia acontecerá quando fizerem de volta o caminho de seu passado. Tomemos o caso do Yantra Sarvasva, que dizem ter sido escrito pelo sábio Maharshi Bhardwaj. Este é constituído por cerca de 40 seções, o Vaimānika Prakarana lida com aeronáutica, tem oito capítulos, uma centena de temas e 500 sutras. Bhardwaj descreve Vimana, ou ofício aéreo, como sendo de três classes:

1 - aqueles que viajam de lugar para lugar

2 - aqueles que viajam de um país para outro

3 - aqueles que viajam entre planetas

Uma preocupação especial entre estes foram os aviões militares, cujas funções foram delineados com alguns detalhes muito importantes e que lemos hoje como algo encontrado em livros de ficção científica. Por exemplo, eles tinham que ser:

Inexpugnável, inquebrável, não utilização de combustível e indestrutíveis, capazes de chegar de um ponto a outro em um piscar de um olhos.

Invisível aos inimigos.

Capaz de ouvir as conversas e sons em vimanas inimigos. Tecnicamente competente para ver e gravar coisas, pessoas, incidentes e situações acontecendo dentro de vimanas inimigos. Saber todas as fases e direções dos movimentos de outras aeronaves na vizinhança. Susceptíveis de tornar a tripulação inimiga em um estado de animação suspensa, torpor intelectual ou perda total da consciência.

Capaz de destruição.

Tripulados por pilotos e co-viajantes que poderiam se adaptar de acordo com o clima de suas preferências. Temperatura regulada internamente. Construídos com metais muito leves e que absorvessem calor. Providas de mecanismos que possam ampliar ou reduzir imagens e aumentar ou diminuir sons. Agora, não obstante o fato de que tais engenhocas se assemelham a um cruzamento entre um americano state-of-the-art Stealth Fighter e um disco voador, isso significa que o transporte aéreo e o espaço eram bem conhecidos dos antigos indianos enquanto o resto do mundo estava prestes a aprender os rudimentos da agricultura?

 

 

O MEDO É O ASSASSINO DA MENTE E A PRISÃO DA ALMA

 

O 'Agradecimento' significa educação e respeito, não é necessariamente concordância de opinião.

A SEMEADURA É LIVRE PORÉM A COLHEITA É OBRIGATÓRIA

Agharta – Um Reino Intra-terreno em nosso Planeta


 

 

Agharta – O Reino Intra-terreno em nosso Planeta
 

O ex-agente da CIA, Virgil Armstrong, acrescentou que, imediatamente após a descoberta das revelações do diário do Almirante Richard Evelyn Byrd, as rotas aéreas sobre a entrada para o reino de Agharta  foram declaradas secretas pelo serviço de inteligência norte americano (CIA e demais agências), e ordenou que a área ou rota que levaria àquela reino era para ser guardada por bases militares dos E.U.A. e que não vão deixar quaisquer invasores descobrirem como lá chegar. É possível que a cada dia, sob a nossa existência diária, exista um mundo muito antigo, mas novo e desconhecido para nós. Virgil Armstrong revelou também que o Governo dos E.U.A. estabeleceu relações com o Grande Conselho de Agharta. Espanta-me sempre, que, apesar de as coisas que foram ensinadas pelo stabilishment como verdadeiras, mais cedo ou mais tarde, revelarem-se falsas e alguns de nós (a maioria) continuarem “presos” na velha ideia. 


A maioria de nós aceitou como verdadeiras as coisas que nós aprendemos em nossa formação, apenas porque todo mundo acredita nelas. Se você tiver coragem de “ir contra a corrente”, se você colocar em dúvida a veracidade do ruído dos axiomas oficiais, muitas vezes você recebe um epíteto específico. Por exemplo, se você estiver fora dos padrões religiosos, então você é chamado de “sectário”, se você tem uma opinião diferente da agenda oficial de informação científica, você será incluído nos que são classificados como um “sonhador” – na melhor das hipóteses, se você não concorda com os pontos de vista políticos se tornará um extremista, neonazista, comunista. Nossa sociedade tem um rótulo para cada tipo de inconformismo ou para classificar àqueles que são curiosos e interrogativos e que não aceitam o “status quo” vigente. Em 2.300 milhas (3.680 Km) para além do Pólo Norte, haveria uma entrada para o interior da Terra. Aqui, de acordo com o almirante Richard E. Byrd, o primeiro homem a sobrevoar o Pólo Norte, viveria uma civilização muito mais evoluída do que o homem de superfície. Aqueles que povoaram a Terra 100.000 anos atrás passaram a viver em subterrâneos. Uma guerra que aconteceu e incorreu na destruição da superfície da Terra, e que criou desertos.
                                                                             



Segredos do subterrâneo da cidade de Agharta.

Virgil Armstrong, ex-agente da CIA, descreve o universo subterrâneo fascinante, habitado por  seres humanos como nós só que lá são eles seriam imortais, a atmosfera controlada, velocidades de transporte de 3.000 quilômetros por hora, atlantes e lemurianos, voando sobre aeronaves que superam nossa atual tecnologia humana. Uma foto recente do Pólo Norte, que a NASA tem sob custódia, e enviado por um dos satélites da Terra ressuscitaram muito o interesse dos geofísicos, e não apenas para eles. Nesta imagem, podemos ver facilmente na área do Pólo Norte magnético, uma área que não é coberta por gelo glacial, como seria normal. Num raio de cerca de 300 milhas, podemos ver terra – e bem fértil. A imagem, se você não está falando de uma ilusão cósmica, seria louca o suficiente para ensandecer um cientista. E isto, porque até mesmo um estudante de ensino fundamental sabe que sob a capa de gelo do Pólo Norte não existe nada mais do que a água, como foi confirmado por rotas de submarinos e aviões, que passam por essa área frequentemente.

E então, o que poderia ser a pegada de “terra” no coração de gelo no Ártico? A NASA perguntou. Para resolver o mistério, eles mandaram fazer uma nova bateria de fotografias de satélite, feitas desta vez após a outra rotação da Terra e de outro ângulo. Novamente, o buraco no polo e as manchas são teimosas em aparecer em frente ao Pólo Norte magnético. O primeiro pensamento foi de que se trata de um fenômeno magnético da natureza, como pode haver uma perturbação atmosférica devido a este mesmo campo eletromagnético. Mas a hipótese era para afastar os pesquisadores da NASA no domínio dos campos eletromagnéticos: “O efeito mais importante, as luzes do norte, manifestam-se em um jogo completamente diferente e luzes celestes aparecem de outra forma em uma foto via satélite. Claramente, a pista esta na terra, no solo e não no ar “, disse Robert Fishermann, chefe do Laboratório de Estudo do campo eletromagnético terrestre.

O hipótese Halley.

Como era de se esperar, a imagem tinha revelado uma série de velhas e surpreendentes teorias. A primeira das teorias revelada foi a hipótese de Halley, o do cientista que descobriu o cometa com o mesmo nome. Segundo esta teoria, em áreas do Pólo Norte e Pólo Sul há aberturas grandes que levam para dentro da Terra. Por outro lado, que a Terra estaria vazia por dentro e que seria possível para uma nova civilização humana se desenvolver naquele ambiente, talvez mais avançada do que a civilização da superfície superior. Existem muitas cidades subterrâneas em várias partes do mundo, mas Agharta é a mais importante delas. “O Almirante Byrd escreveu em seu diário secreto, publicado depois de sua morte“.


RICHARD EVELYN BYRD (25/10/1888 – 11/03/1957) Almirante da Marinha dos EUA foi também um aviador, pioneiro e explorador dos dois polos, que sobrevoou o Pólo Norte em 9 de maio de 1926, e dirigiu numerosas expedições à Antártida, sobretudo um vôo sobre o Pólo Sul em 29 de novembro de 1929. Foram cinco suas expedições ao continente austral/Antártida, entre a primeira em 1929 e a última em 1956. Entre 1946 e 1947, levou adiante a grande operação chamada High Jump (que visava expulsar alemães remanescentes do nazismo de uma base alemã do pólo sul-Neuschwabenland), durante a qual descobriu e cartografou 1.390.000 km2 de território antártico. Em 1955 realizou a expedição Deep Freeze também na Antártica, tendo voado pela última vez sobre o polo austral em 1956.

A variante BYRD.

Mas os geofísicos pareciam estar mais interessados em outra versão, cujas raízes estão em algum lugar em 1926. Precisamente, em maio desse ano, o almirante Richard E. Byrd se tornou o primeiro homem a voar sobre o Pólo Norte. Em uma entrevista que ele concedeu em 1947, Byrd afirmou que em 2.300 milhas (3.680 quilômetros) através e adentro do Pólo Norte encontrou uma área de clima muito quente, com vegetação e montanhas, lagos e rios. Richard E. Byrd, um famoso explorador, acima de qualquer suspeita, notou muito precisamente sobre o que ele achou nessa área em seu diário: “As pessoas que vivem aqui se comunicam através de telepatia. Na verdade, eles não vivem na superfície. Debaixo da terra, alguns quilômetros de profundidade, existe uma grande cidade com milhões de habitantes, uma cidade que é chamada de Agartha“.

Um antigo agente da CIA confirma.

Estes arquivos de registro do diário de Byrd foram publicados por Virgil Armstrong, um ex-agente da CIA. Armstrong afirma que Byrd viveu em Agharta quase um mês e que ele descreve a civilização subterrânea como (muito) “sendo superior a nossa“. O ex-agente da CIA, acrescentou que, imediatamente após a descoberta do diário de Byrd, as rotas sobre Agartha foram declaradas secretas pelo serviço secreto americano (CIA), e ordenou que a área ou rota que levaria à cidade era para ser guardada por bases militares dos E.U.A. e não vai deixar quaisquer invasores descobrirem como lá chegar. Armstrong revelou também que o Governo dos E.U.A. estabeleceu relações com o Grande Conselho de Aghartha. E Mais, que as aeronaves em vôo que aparecem no céu são meios de transporte para as pessoas de Aghartha e outras cidades intraterrenas, e que uma parte da tecnologia de produção tem sido dada ao Pentágono, “o avião invisível, o Stealth, sendo um resultado desses saberes”.


O almirante Byrd recebeu a gratidão do Governo dos EUA.  

Almirante Richard E. Byrd nasceu em 25 de outubro de 1888 em Winchester, na Virgínia. Ele aprendeu a voar em aviões entre 1916-1917, em Pensacola. Em maio de 1926 ele se tornou o primeiro homem a sobrevoar o Pólo Norte, e em novembro de 1929, o primeiro homem a voar sobre o pólo sul. Entre 1928-1955 fez 11 expedições aos pólos geográficos. Em 19 de fevereiro de 1947 ele foi para o Pólo Norte para fotografar a aurora boreal. Vendo que ele não retornava à base, foi dado como desaparecido. Byrd voltou em 11 de março de 1947, vinte dias após sua partida, e descreveu a “terra além do Pólo Norte-Agartha”. Como uma coincidência, o Almirante Richard E. Byrd morreu exatamente 10 anos depois, em 11 de Março de 1957. Foi elevada ao posto de Almirante em 1950 e em 1952 recebeu a Medalha de Honra do Governo E.U.A. Além disso, um dos cruzadores encouraçado da marinha dos E.U.A. foi batizado com seu nome. Portanto, não era possível que Byrd fosse apenas um louco que tinha alucinações no Pólo Norte.

O segredo da imortalidade.

Voltando ao ex-agente da CIA, Virgil Amstrong, ele também revelou alguns elementos do diário secreto de Byrd: “O almirante descreve em detalhes que, nas cidades subterrâneas vivem as pessoas com traços delicados, que têm milhares de anos de vida, mas a idade não marca as suas características. Os habitantes de Agartha saberiam o segredo da imortalidade. Depois de considerar que elas tinham vivido o suficiente, eles são também aqueles que escolhem quando se aposentar da vida. As mulheres dão à luz apenas uma ou duas vezes durante sua vida, e a gestação dura apenas três meses. Dão nascimento em templos, nas bacias de água particulares. Os Partos ocorrem sem dor “.

Guerras entre Lemúria (MU) e Atlântida.

O diário de Byrd sobre Agartha não é o único relato que menciona sobre as cidades subterrâneas. Na época, havia muitos testemunhos sobre a vida sob a crosta terrestre. Existem outros documentos, gravuras, esculturas e até mesmo muito antigos descrevendo Agartha. Diz-se que, debaixo da terra, de todo o mundo existem cerca de 100 cidades, das quais a maior é Agartha. O Mundo subterrâneo seria conhecido como Shamballa. Os habitantes deste mundo, como sabemos a partir dos documentos, deixaram a superfície do mundo, 100.000 anos atrás, depois da catastrófica guerra entre atlantes e lemurianos, as duas grandes civilizações que dominaram a Terra naquele tempo.


 

A Guerra estaria descrita em dois épicos da cultura hindu, o RAMAYANA e o MAHABHARATA. Após a guerra, graças às poderosas armas utilizadas, resultaria áreas como o deserto do Saara, Gobi, terrenos inóspitos da Austrália e E.U.A, lugares onde eram aglomerações de atlantes e lemurianos. A atmosfera na superfície era irrespirável, para os sobreviventes do conflito que foram se retirando para o interior da terra e quem ficou na superfície do planeta começou a viver um processo de degeneração genética involutiva. Segundo esta teoria, os povos da região seriam descendentes daqueles que se recusaram a se aposentar em cidades subterrâneas e, entretanto, ao ficarem na superfície tornaram-se selvagens.

Cidades subterrâneas

Mas, de acordo com documentos secretos, estas seriam as cidades mais poderosas do mundo intraterreno: 

Poseid – o primeiro refúgio dos Atlantes, com a entrada no estado brasileiro do Mato Grosso (Serra do Roncador), com população de 1,3 milhões de habitantes; 

SHONSHE refúgio dos uigures, um ramo da raça Lemúria, com a entrada através dos Himalayas, 3,5 milhão de habitantes;

RAMA – perto de Jaipur, na Índia, 1 milhão de habitantes; 

SHINGWA – a fronteira entre a China e Mongólia, com 1,5 milhões de habitantes; 

Telos – abaixo do Monte Shasta, na Califórnia, com 1,5 milhões de habitantes.

As cidades estão colocadas em profundidades variando entre 1,5 e 2 milhas abaixo da crosta terrestre. O que Armstrong diz: “Atlantes entendemos por telepatia e lemurianos falam uma língua – Maru – que é uma raiz comum do hebraico e do idioma sânscrito. Agora, as duas civilizações vivem em paz e harmonia. Eles são liderados por um Conselho Superior composto de 12 pessoas, 6 homens e 6 mulheres. As cidades são artificialmente iluminadas e tem uma atmosfera controlada, mais pura do que a da superfície. As aglomerações urbanas estão estruturadas em vários níveis. Os moradores se movem entre as cidades subterrâneas por meio de veículos de alta velocidade (cerca de 3.000 Km por hora), que flutuam/levitam”.

Teoria da Terra Oca


Terra Oca
 

 

Segundo esta teoria, a Terra não seria uma esfera substancial, preenchida apenas com lavas vulcânicas, mas sim um corpo oco, com fendas localizadas nos pólos. Na sua parte interna habitaria supostamente uma raça muito elevada em termos de tecnologia, que eventualmente visitaria o exterior a bordo de OVNIs, sendo assim os responsáveis pela maior parte das naves avistadas pelos seres humanos nos últimos tempos. Há também quem diga que nós mesmos somos os moradores da Terra Oca – pressuposto conhecido como Teoria da Terra Invertida. Vários cientistas criaram teorias referentes a um provável mundo interior, habitado tanto quanto a superfície. Edmund Halley, astrônomo da corte real ao longo de dezoito anos, que teve seu nome doado ao cometa de 1682, o qual, como ele previu, retornou em dezembro de 1758, foi o primeiro a alegar a existência desse universo interno. Ele criou sua teoria das quatro esferas que compartilham o mesmo centro, deixando escapar para o exterior uma atmosfera de luz, a mesma que provocaria a aurora boreal, para tentar compreender as irregularidades constantes do campo magnético terreno, as quais se imiscuíam no funcionamento das bússolas. Homem muito religioso, ele imaginou que, se havia uma morada subterrânea, ela deveria também ser povoada por seres criados por Deus.

No século XVIII, outros cientistas introduziram mudanças nesta teoria, mas nunca a rejeitaram. Leonard Euler concebia um sol no centro da Terra, doando luz e calor aos moradores desta esfera, enquanto Sir John Leslie tinha como verdadeira a existência de dois sóis, Plutão e Proserpina. Hoje, os estudiosos já descobriram o que causa realmente as perturbações na esfera eletromagnética da Terra, mas ainda assim Halley conquistou adeptos ao longo da história, e atualmente não se acredita menos nestas versões. Um destes discípulos, John Symmes, abraçou tão ardentemente esta causa, que a provável porta para o universo interno foi batizada com seu nome – Buraco de Symmes. Vários escritores do gênero conhecido como ficção científica adotaram também este tema, tais como Júlio Verne, que o retratou em seu célebre livro Viagem ao Centro da Terra, e Egar Rice Burroughs, pai do famoso Tarzan. Em princípios de 1970, novo alento atingiu esta tese, graças a um incidental testemunho fotográfico realizado pela Administração do Serviço de Ciência e Meio Ambiente (ESSA), órgão do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, que revelou uma imagem do Polo Norte sem as nuvens que geralmente o encobrem, expondo um buraco onde deveria estar localizado o pólo. Esta polêmica foto causou sensação nos meios ufológicos. Ray Palmer, editor e ufólogo, utilizou esta representação produzida pelo satélite ESSA-7 e produziu um texto no qual defendia a veracidade desta fenda no extremo do Planeta.

 

Estas fotos reforçaram a crença de Palmer e outros pesquisadores na Terra Oca, supostamente habitada por uma civilização superior desconhecida. Agora eles acreditavam ter realmente encontrado a porta de entrada para este universo. Estas especulações provocaram o renascimento de antigo debate sobre as viagens do famoso vice-almirante Richard E. Byrd aos pólos Norte e Sul. Segundo o pesquisador Amadeo Giannini, este aventureiro não teria sobrevoado os Pólos, em 1926 e em 1929, e sim viajado pelo interior destes imensos buracos que conduziriam ao centro da Terra. Palmer, fundamentando-se nestas pesquisas, afirma que Byrd teria transmitido pelo rádio do avião em que se encontrava a mensagem de que estava vislumbrando não a neve usual, mas sim trechos de terra com montanhas, bosques, vegetais, lagos e rios, entre outros elementos. Pouco antes de morrer, ele teria dito que o planeta, na região do Pólo, era um universo encantado e celestial, repleto de mistérios. De acordo com algumas teses, ele estaria se referindo à mitológica Cidade do Arco-Íris, centro de uma fantástica civilização. Estes debates em torno das impressões de Byrd garantem a munição necessária à sobrevivência das teorias de Giannini e Palmer, que acreditam haver nos Pólos uma redução de nível, a qual constitui uma imensa fenda que atravessa o eixo da Terra, de um pólo a outro. De uma forma ou de outra, este enigma tem fascinado a mente do Homem desde tempos imemoriais, dos criadores do herói babilônico Gilgamesh, passando pelo mito de Orfeu, na mitologia grega, pelos faraós egípcios, até a crença budista no reino de Agharta, civilização remanescente da antiga Atlântida, submersa no Oceano após uma suposta erupção vulcânica. Mitos, teorias e clássicos da literatura mantêm vivo até hoje o interesse por este tema sedutor.

Os Maiores Mistérios do Universo




 

 

Conheça as novas respostas da ciência para as perguntas mais difíceis do mundo

Deus existe?

O unicórnio é um cavalo com barbicha, um chifre na testa e supostos poderes mágicos. Ele não existe, claro, é uma invenção. Só que isso é impossível de provar. Da mesma forma, não temos nenhum indício objetivo da existência de Deus - que pode perfeitamente ser apenas uma criação humana. Mas isso também é impossível de provar. É que a única maneira de provar definitivamente uma coisa é usar o chamado método científico, que foi proposto por Galileu Galilei no século 16 e tem quatro etapas. Primeira: observar um fato concreto. Segunda: fazer uma pergunta sobre ele. Terceira: elaborar uma hipótese, ou seja, uma resposta à pergunta. Quarta: fazer uma experiência controlada para confirmar ou negar a hipótese. Simples, não? Mas com o unicórnio, tropeçamos já na primeira etapa - porque não existe nenhum elemento concreto, como um pedaço de cabelo ou qualquer outra pista deixada por um unicórnio. Com Deus, você consegue passar pelas primeiras fases. É possível observar um fato concreto (o Universo existe) formular uma pergunta a respeito (foi Deus que o criou?) e elaborar uma hipótese (sim ou não). Mas como vencer a quarta etapa - e criar uma experiência científica que pudesse confirmar ou negar Deus? É difícil até de imaginar. Isso ajuda a explicar por que a existência de Deus divide a opinião dos cientistas. Um estudo feito nos EUA pelo Instituto Pew revelou que 51% deles admitem a existência de alguma forma de poder divino (contra 95% na população em geral).

Alguns pesquisadores vão além do impasse, e dizem ter evidências de que Deus existe - ou inexiste. A primeira categoria é liderada por Francis S. Collins, que foi diretor do Projeto Genoma Humano e hoje dirige os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), principal órgão de ciência do governo nos EUA. Para ele, a prova da existência de Deus é chamada sintonia fina. Por essa tese, o Big Bang obedeceu a alguns parâmetros muito precisos e coordenados entre si. Se a força que mantém unidos os prótons e os nêutrons fosse um pouco menor, por exemplo, só o hidrogênio teria se formado - e não existiria a matéria-prima da vida, o carbono. Para Collins, nossa existência depende de tantas variáveis, numa combinação matematicamente tão improvável, que não pode ser acaso. "A sintonia fina não é acidental. Ela reflete a ação de algo que criou o Universo", diz. O polo ateu é liderado pelo físico Victor Stenger, professor da Universidade do Havaí e autor de God: The Failed Hypothesis ("Deus: a tese fracassada", inédito no Brasil). Ele descarta a tese da sintonia fina. Diz que o Universo não foi sintonizado para nós; nós é que somos adaptados às condições dele. Também apresenta exemplos de como o Universo simplesmente não precisa de Deus. "Até o século 20, acreditava-se que a matéria não poderia ser criada nem destruída, só transformada de um tipo para outro". Se é impossível criar matéria, a existência dela só poderia ser um milagre. "Mas aí Einstein provou que a matéria pode ser criada a partir de energia, sem violar as leis da física", diz. "A ciência pode provar que Deus não existe? A resposta é sim". Mas ele mesmo faz ressalvas. "Não me refiro a uma prova lógica [definitiva], mas a uma prova acima de dúvida, como a usada num tribunal." Traduzindo: para Stenger, é possível provar que nada depende de Deus, e a partir daí inferir que ele não existe. Mas mostrar que ele não existe, felizmente para uns e infelizmente para outros, continua impossível.

De onde viemos?

O Universo surgiu há 13,7 bilhões de anos como um pontinho muito pequeno e denso, que se expandiu e deu origem a tudo o que existe - as estrelas, os planetas, você e eu. Essa é a história do Big Bang. Mas o que aconteceu antes dele? A hipótese mais tradicional (e mais frustrante também) diz que o tempo surgiu junto com a explosão, e portanto não existe "antes do Big Bang". A outra é de que houve outros universos antes do nosso. E haverá outros depois dele, numa sequência eterna de renascimentos. "Cada ciclo começa com seu próprio Big Bang", diz Roger Penrose, professor da Universidade de Oxford e um dos físicos mais importantes da segunda metade do século 20. Para ele, cada universo se expande até que suas partículas perdem massa e dão lugar a uma espécie de vácuo, o tempo para e aquele universo morre - para se transformar em outro por meio de um Big Bang. Penrose tenta provar a tese em seu novo livro, Cycles of Time: An Extraordinary New View of the Universe ("Ciclos do tempo", inédito no Brasil). Ideias heterodoxas como essa estão longe de ser aceitas pela maioria dos cientistas. Mas vêm ganhando espaço, pois a lógica tradicional do Big Bang não consegue explicar tudo. Ela explica apenas 4% do Universo, porcentagem que corresponde à matéria e à energia que nós podemos perceber (e que formam galáxias, planetas e seres). Todo o resto, 96%, supostamente é preenchido por coisas estranhas: a energia escura e a matéria escura, que não somos capazes de ver. A teoria do Big Bang tampouco explica por que o Universo está se expandindo cada vez mais rápido, num fenômeno chamado aceleração cósmica. Para alguns físicos, a responsável por isso é justamente a tal energia escura - que fará nosso Universo se expandir até acabar e renascer, mais ou menos como Penrose propõe.

Mais estranhamente ainda, talvez existam vários universos além do nosso. Isso porque, segundo uma tese bem aceita, o Big Bang não foi homogêneo. Uma porção do espaço teria se inflado muito rápido, como uma tira de borracha, e nosso Universo estaria dentro dela. "Outras partes do espaço podem ter se expandido em outros momentos", diz o físico Marcelo Gleiser, da Universidade Dartmouth. "Haveria então outros universos, separados por espaços gigantescos". Todos existindo ao mesmo tempo. Além de tentar descobrir de onde viemos, a ciência também luta para explicar como nascemos, ou seja, como tudo o que existe se formou. Nisso, tem feito grandes progressos. Tudo graças ao famoso bóson de Higgs, partícula que finalmente foi detectada ano passado. O bóson é uma peça-chave porque deu massa às demais partículas que compõem o nosso Universo. Logo após o Big Bang, o Universo era um caos de partículas subatômicas viajando na velocidade da luz. Só que ele estava cheio de bósons - e conforme as partículas entraram em contato com os bósons, algumas ganharam massa e outras não. As partículas de luz (fótons), por exemplo, não ganharam massa. Mas outras, como os quarks, sim - e se transformaram em tudo o que existe. As estrelas, os planetas, você e eu.

Qual é o sentido da vida?

A ciência propõe duas explicações para essa dúvida metafísica. A primeira, mais tradicional, é: o sentido (objetivo) da vida é se reproduzir, ou seja, ter filhos. Ponto. Isso vale tanto para nós como para o sabiá, o cordeiro patagônico ou o bicho-da-seda. Pelo menos é o que diz a tese do gene imortal, uma das mais populares da biologia evolutiva. Ela tem sido desenvolvida desde os anos 1970 pelo biólogo britânico Richard Dawkins, e reinterpreta a teoria da evolução de Darwin. A transmissão de informação genética entre pais e filhos não é perfeita. Podem ocorrer erros: as mutações. Eles sempre acontecem - em média, cada humano nasce com 60 mutações. Esses erros no DNA podem provocar síndromes e doenças, mas também podem ser positivos. Se um indivíduo tem uma mutação que o torna mais apto que os demais (mais forte ou mais bonito, por exemplo), ele tende a se reproduzir mais e espalhar essa mutação na sociedade. Os mais aptos permanecem e os demais desaparecem. É a chamada seleção natural. Dawkins fez uma ligeira modificação nessa teoria. Para ele, os protagonistas da seleção natural não são as espécies nem os indivíduos: são os genes. Nós seríamos meras máquinas de sobrevivência que os genes construíram para se preservar ao longo das gerações. "As máquinas de sobrevivência têm aparência muito variada. Um polvo não se parece em nada com um rato, e ambos são muito diferentes de uma árvore. Mas, em sua composição química, eles são quase iguais", escreve Dawkins. É verdade. Cada ser vivo tem um código genético diferente - mas ele sempre é construído com as mesmas moléculas. E a nossa missão na Terra é espalhar essas moléculas. "Todos nós, desde as bactérias até os elefantes, somos máquinas de sobrevivência para o mesmo tipo de replicador: as moléculas de DNA." Como há vários tipos de ambiente no mundo, os replicadores construíram uma ampla gama de máquinas para prosperar neles. Um macaco preserva os genes nas copas das árvores; um peixe preserva os genes na água, e assim por diante. Os genes também nos dotaram de instintos que nos levam à reprodução - é por isso que o sexo é tão prazeroso, e a atração sexual tão forte. A tese do gene imortal é convincente e elegante. Mas não explica tudo.

O cérebro humano possui um mecanismo chamado sistema de recompensa. São grupos de neurônios situados em certas regiões, como o septo - que fica bem no centro do cérebro. Toda vez que fazemos algo física ou mentalmente agradável, qualquer coisa mesmo, esses neurônios causam a liberação de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. As demais áreas do cérebro são inundadas pela dopamina - inclusive aquelas que manejam o autocontrole e as emoções. Você sente prazer. E tem vontade de sentir de novo. E de novo. E de novo... O sistema de recompensa tem uma influência gigantesca sobre nossas ações e decisões. Sempre que você se sente bem, ou mal, é esse sistema que está fazendo isso acontecer. E ele nem sempre nos guia no caminho de gerar descendentes - você deve conhecer gente que não tem filhos, nem quer ter, e está muito bem assim. Porque existe uma segunda explicação para o sentido da vida. Em vez de espalhar genes, o objetivo pode ser contentar o sistema de recompensa. Traduzindo: ser feliz. O sistema de recompensa foi descoberto nos anos 1950 pelos psicólogos James Olds e Peter Milner, da Universidade McGill, no Canadá. Usando eletrodos, eles notaram que um rato sempre voltava a um ponto da gaiola para receber um choquinho (prazeroso) no septo. Chegou a passar 7 mil vezes por hora, sem ligar para nada mais. Nem para os próprios filhotes. "O animal vai se estimular com frequência, e por longos períodos, se puder fazê-lo", concluíram Olds e Milner. Hoje a ciência sabe que outras coisas (drogas, açúcar, gordura, sexo) também têm o poder de atuar nessas áreas. Por isso elas são tão atraentes - e, em algumas pessoas, podem se tornar viciantes.

O que acontece após a morte?

Quando morreu pela primeira vez, em 1993, o empresário americano Gordon Allen estava a caminho da UTI. Havia sofrido uma parada cardíaca momentos antes. Seu sangue deixou de fluir, a respiração se deteve, o cérebro apagou. Mesmo assim, ele sentiu algo. "Fui transportado para fora do corpo e comecei a viajar. Não senti dor, apenas leveza. Vi cores maravilhosas, que não existem na Terra", recorda Allen no site da fundação que leva seu nome. Os médicos o ressuscitaram com um desfibrilador. Assim como Gordon Allen, milhares de pessoas que tiveram morte clínica foram trazidas de volta. "Há uma semelhança incrível nos relatos", diz Maria Julia Kovács, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte da USP. "Muitos dizem ter visto um túnel e uma luz branca. Outros veem uma imagem de Deus." Os relatos também incluem encontros com parentes mortos e a sensação de estar fora do corpo. São as chamadas experiências de quase-morte (EQM). A explicação mais aceita é que se trata de alucinações, causadas pela falta de oxigênio no cérebro. Um estudo feito em 2010 pela Universidade George Washington monitorou o cérebro de sete pacientes terminais. Em todos os casos, a atividade cerebral disparava logo antes da morte. Isso supostamente acontece porque, conforme os neurônios vão morrendo, perdem a capacidade de reter carga elétrica - e começam a descarregar numa sequência anormal, que poderia provocar alucinações.

O intrigante é que, durante a EQM, às vezes a pessoa vê coisas que realmente aconteceram - e que ela, em tese, não teria como saber. "Muitos pacientes dizem ter se encontrado com um parente que ninguém sabia que havia morrido. Nem o próprio paciente. Por exemplo, um tio que morreu minutos antes de o paciente ter a EQM", disse o psiquiatra Bruce Greyson, da Universidade da Virgínia, num seminário realizado em Nova York. "Outras pessoas contam coisas que se passavam na sala do hospital [enquanto elas estavam mortas]". Mas como explicar que os pacientes estejam conscientes mesmo sem atividade cerebral? Depois de acompanhar 344 sobreviventes de paradas cardíacas, dos quais 18% tiveram EQM, o médico holandês Pim van Lommel criou uma teoria a respeito. "A consciência não pode estar localizada num espaço em particular. Ela é eterna", diz. "A morte, como o nascimento, é mera passagem de um estado de consciência para outro." Ele reconhece que as pesquisas sobre EQM não provam isso, mesmo porque as pessoas com EQM não morreram - só chegaram muito perto. "Mas ficou provado que, durante a EQM, houve aumento do grau de consciência. Isso significa que a consciência não reside no cérebro, não está limitada a ele", acredita.

Alma existe?

Em 1901, o médico americano Duncan Macdougall fez uma experiência com doentes terminais. Colocou cada paciente, com cama e tudo, sobre uma balança gigante. "Quando a vida cessou, a balança mexeu de forma repentina - como se algo tivesse deixado o corpo", escreveu Macdougall na época. A balança mexeu 21 gramas, e o doutor concluiu que esse era o peso da alma. A descoberta caiu na cultura popular e até inspirou um filme (21 Gramas, de 2003). Ela não tem valor científico, pois a balança era muito imprecisa - e cada paciente gerou um valor diferente. Mas será que não dá para refazer a experiência com a tecnologia atual? Se alma existir mesmo, dá para medir? Em tese, sim. Tudo graças a Einstein e sua equação E=mc2 (E é energia, m é massa e c é velocidade da luz). Se consideramos que a alma existe, e é uma forma de energia, então deve haver massa relacionada a ela. Se a energia muda, a massa também muda. Se alma existe, e sai do corpo quando a pessoa morre, o corpo sofrerá perda de massa - que pode ser medida. O médico Gerry Nahum, da Universidade Duke, propôs uma experiência para testar a hipótese: construir uma caixa perfeitamente selada, que ficaria sobre uma balança hipersensível, capaz de medir 1 trilhonésimo de grama. O problema é que, por razões éticas, não dá para colocar uma pessoa moribunda dentro de uma caixa hermeticamente fechada, pois isso a faria morrer. E o teste nunca foi feito. Mas os cientistas continuam em busca de evidências para a alma. E os estudos mais surpreendentes vêm de uma dupla que está na vanguarda da ciência: o anestesista americano Stuart Hameroff, do Centro de Estudos da Consciência do Arizona, e Roger Penrose - sim, o mesmo físico de Oxford autor da teoria sobre o que veio antes do Big Bang. Mas, desta vez, a tese é ainda mais inacreditável. Dentro de cada neurônio existiriam 100 milhões de microtúbulos: tubinhos feitos de uma proteína chamada tubulina. A tubulina atuaria como bit, ou seja, como menor unidade de informação que pode ser criada, armazenada ou transmitida. Os tubinhos vibram, interferem com a tubulina e geram ou processam informação - que é passada de um neurônio a outro. Mas os microtúbulos são tão pequenos que as leis da física quântica se aplicam a eles. E essas leis preveem algumas possibilidades bizarras, como a superposição (uma partícula pode existir em dois lugares ao mesmo tempo). Para os pesquisadores, haveria uma relação quântica entre os tubinhos do cérebro e partículas fora dele, espalhadas pelo Universo. "Quando o cérebro morre, a informação quântica [gerada nos microtúbulos] não fica presa. Ela se dissipa no espaço-tempo", diz Hameroff. Pela mesma lógica, quando alguém nasce, essa informação espalhada no Universo entraria nos microtúbulos. Ou seja: a alma existiria, sim, como um conjunto de relações quânticas entre partículas dispersas no Universo. Embora Hameroff tenha escrito centenas de páginas a respeito, nada disso tem comprovação. "Não reivindico nenhuma prova. Só ofereço um mecanismo cientificamente plausível", diz.

Há vida fora da Terra?

Em 15 de agosto de 1977, um radiotelescópio do Instituto Seti ("Busca por Inteligência Extraterrestre", na sigla em inglês), nos EUA, captou uma mensagem estranha. Foi um sinal de rádio que durou apenas 72 segundos, só que muito mais intenso que os ruídos comuns vindos do Cosmo. Ao analisar as impressões em papel feitas pelo aparelho, o cientista Jerry Ehman tomou um susto. O sistema captara um sinal 30 vezes mais forte que o normal. Seria alguma civilização tentando fazer contato? Ehman ficou tão impressionado que circulou os dados do computador e escreveu ao lado: "Wow!". O caso ficou conhecido como Wow signal (sinal "uau"!), e até hoje é o episódio mais marcante na busca por inteligência extraterrestre. O Seti e outras instituições tentaram detectar o sinal várias vezes depois, mas ele nunca mais foi encontrado. Mesmo assim, hoje muitos cientistas acreditam que o contato com extraterrestres é mera questão de tempo. "Numa escala de 1 (pouco provável) a 10 (muito provável), eu diria que nossa chance de fazer contato com ETs em meados deste século é 8", acredita o físico Michio Kaku, da City College de Nova York. Esse otimismo tem justificativa. "Pelo menos 25% das estrelas têm planetas. E, dessas estrelas, pelo menos a metade tem planetas semelhantes à Terra", explica o físico Marcelo Gleiser. Isso significa que, na nossa galáxia, podem existir até 10 bilhões de planetas parecidos com o nosso. Uma quantidade imensa. Ou seja: pela lei das probabilidades, é muito possível que haja civilizações alienígenas. O satélite Kepler, da NASA, já catalogou 2 740 planetas parecidos com a Terra, onde água líquida e vida talvez possam existir. Um dos mais "próximos" é o Kepler 42d, a 126 anos-luz do Sol (um ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros). Kaku acredita que, para civilizações muito avançadas, essa distância não seria um problema, pois elas poderiam manipular o espaço-tempo e utilizar portais no Cosmos, como nos filmes de ficção científica. Ok, mas então por que até hoje esse pessoal não veio aqui? "Se são mesmo tão avançados, talvez não estejam interessados em nós", opina Kaku. É como a gente ir a um formigueiro e dizer às formigas: Levem-nos a seu líder. Para outros cientistas, contudo, a existência de civilizações avançadas é mera especulação. E explicar por que elas não colonizaram a Terra já é querer dar uma de psicólogo de Aliens.

Vida x vida inteligente

Tudo bem que existem bilhões de Terras por aí. E que a probabilidade de existir vida lá fora é muito grande. Mas não significa que seja vida inteligente. "Você pode ter um planeta cheio de vida, mas formada por amebas e outros seres unicelulares", acredita Gleiser. Afinal, com a Terra foi assim. A vida aqui existe há cerca de 3,5 bilhões de anos. Mas durante quase todo esse tempo (3 bilhões de anos), só havia seres unicelulares: as cianobactérias, também chamadas de algas verdes e azuis. Além disso, não basta o tempo passar para que as formas de vida se tornem complexas e inteligentes. A função essencial da vida é se adaptar bem ao ambiente onde ela está. A vida só muda na esteira de alguma mutação genética, se uma mudança ambiental exigir que ela mude. Assim, se o ambiente não mudar e a vida estiver bem adaptada, as mutações genéticas que em geral aparecem ao longo de gerações não vão fazer diferença. Tudo depende da história de cada planeta. Se o asteroide que matou os dinossauros há 65 milhões de anos não tivesse caído aqui na Terra, e os dinossauros não tivessem sido extintos, não estaríamos aqui. "Não temos nenhuma prova ou argumento forte sobre a existência de vida inteligente fora da Terra", diz Gleiser. "Existe vida? Certamente. Mas como não entendemos bem como a evolução varia de planeta para planeta, é muito difícil prever ou responder se existe ou não vida inteligente fora daqui", completa. "Se existe, a vida inteligente fora da Terra é muito rara." Decepcionante. Mas antes de lamentar a solidão da humanidade no Cosmos, saiba que ela pode ser uma boa notícia. Porque se Aliens inteligentes realmente existirem, não serão necessariamente bondosos. "Se eles algum dia nos visitarem, acho que o resultado será o mesmo que quando Cristóvão Colombo chegou à América. Não foi bom para os índios nativos", comparou certa vez o físico Stephen Hawking.

Destino existe?

Uma pergunta aparece com frequência nas provas de vestibular. Você sabe onde um objeto está no momento inicial (t = 0) e precisa usar equações para determinar onde ele estará num momento futuro (como t = 5). Basta usar algumas fórmulas. Dá para calcular a velocidade do carro dividindo a distância pelo tempo. Ou descobrir a força exercida sobre ele multiplicando a massa pela aceleração (2a Lei de Newton). A física clássica é assim: ela descreve o mundo seguindo leis fixas e permanentes. E essas leis permitem prever o que vai acontecer. Agora pense no seguinte. O Big Bang foi uma explosão que espalhou partículas pelo Universo, certo? Então, usando as leis da física, em tese é possível calcular exatamente onde essas partículas irão estar e o que elas irão fazer. O deslocamento e as interações dessas partículas já estão traçados, porque são apenas uma consequência do que aconteceu na origem do Universo. Ou seja: por esse raciocínio, destino existe, sim. E, como nós somos feitos de partículas, ele existe para nós também. Essa é a base do determinismo, a ideia de que o comportamento de um sistema pode ser determinado a partir de suas condições iniciais. Se quisermos levar essa ideia ao extremo, podemos dizer que até as nossas decisões já estão traçadas. Afinal, o pensamento deriva de um fenômeno físico (o deslocamento de elétrons e neurotransmissores dentro do cérebro). E, como tal, ele deve ter uma trajetória previsível. Você deve estar duvidando disso. Afinal, você é livre para tomar as próprias decisões. Pode continuar a ler este texto ou escolher se levantar e ir pegar um café, por exemplo. Mas há indícios de que não é bem assim, e quando nossa consciência resolve fazer algo, na verdade o cérebro já decidiu sozinho. Essa hipótese foi comprovada em laboratório pelo cientista John-Dylan Haynes, do Centro de Neuroimagem Avançada de Berlim. Numa experiência criada por ele, os participantes receberam um joystick que tinha dois botões, um para cada dedo indicador. Em algum momento, quando achassem que deveriam, os voluntários estavam livres para decidir qual dos dois botões apertar. Tomada a decisão, deveriam pressioná-lo imediatamente. Por imagens de ressonância magnética, Haynes percebeu que o córtex pré-frontal dos voluntários (região cerebral responsável pela tomada de decisões) era ativado até dez segundos antes de a pessoa resolver apertar o botão. "Nossa mente consciente acredita que somos livres para escolher entre diferentes opções, mesmo quando o cérebro já decidiu o que vai acontecer", diz Haynes.

Isso só foi provado em situações muito simples. "Decisões complexas são mais difíceis de investigar com um scanner cerebral. É difícil colocar alguém no aparelho e dizer: Por favor, agora decida com quem você vai se casar'." Mesmo assim, a descoberta abre um caminho intrigante: além do destino cósmico, poderia existir também uma espécie de destino neurológico, traçado por decisões que nosso cérebro toma sem nos avisar. "Nossos experimentos tornam o determinismo bastante provável. Mas ainda precisamos de muita pesquisa para prová-lo", diz Haynes. Então, se destino existe e já está traçado e não temos livre-arbítrio, devemos parar de tentar controlar ou melhorar nossas vidas e simplesmente ficar no sofá vegetando? É claro que não. A física clássica explica bem o mundo ao nosso redor. Mas ela derrapa na hora de descrever o mundo das partículas muito pequenas. Isso tem sido tarefa para a física quântica, onde muitas coisas são imprevisíveis. "O determinismo estrito não funciona", diz o físico Marcelo Gleiser. "Nós não somos a solução de uma equação complexa. Até porque ninguém sabe que equação é essa. E mesmo que alguém soubesse, nunca conseguiria resolvê-la", afirma. "Uma das características da inteligência é justamente o livre-arbítrio. E quanto mais complexo o cérebro é, mais liberdade de escolha ele tem. A menos que nós sejamos uma simulação rodando num computador gigante. Mas aí já é uma outra história."