A
Família Rothschild, conhecida como A Casa de Rothschild, ou mais simplesmente
os Rothschild é uma família Europeia de Judeus Alemães mais especificamente
Judeus Ashkenazi, ou Ashkenazim que estabeleceram casas de finanças e banca
Europeias nos finais do século 18. Cinco linhas do ramo Austríaco da família
foram elevadas a nobreza Austríaca sendo lhes atribuídos títulos hereditários
de Barões do Império de Hadsburg, pelo Emperador Francis II em 1816. O Ramo
Britânico da família foi elevado a nobreza Britânica a pedido da Rainha
Victoria. É referido que durante século 19 a família possuiu a maior fortuna
privada no mundo e também de longe a maior fortuna na história do mundo
moderno. Em 1743, Ancho Moses Bauer abriu uma loja de cunhagem em Frankfurt.
Por cima da porta, colocou um letreiro, que incluía uma águia romana e um
escudo vermelho. A loja ficou conhecida como “a loja do escudo vermelho”, ou em
alemão, Rothschild. Quando o seu filho, Ancho Mayer Bauer, herdou o negócio,
decidiu mudar o seu nome para Rothschild. Ancho acabou por aperceber-se de que
emprestar dinheiro a governos e reis dava mais lucro do que emprestá-lo a
particulares, não só os empréstimos eram maiores, mas eram seguros, assegurados
pelos impostos do país.
Entretanto,
em 1800, o Banque de France é criado nos mesmos moldes que o Bank of England,
mas Napoleão nunca confiou nele. A mão que dá está acima da mão que recebe, o
dinheiro não tem pátria, os financeiros não têm patriotismo nem decência, o seu
único objetivo é o lucro. Rothschild teve 5 filhos. Treinou-os a todos nos
truques da criação de dinheiro, e enviou cada um para um lugar estratégico
diferente, para abrirem filiais do negócio bancário de família. O seu primogénito,
Ancho Mayer, ficou em Frankfurt, para suceder ao pai. O segundo filho, Solomon,
foi enviado para Viena. O seu terceiro filho, Nathan, era claramente o mais
esperto, foi enviado para Londres, em 1728, 100 anos após a fundação do Bank of
England. O seu quarto filho, Carl, foi para Nápoles, e o seu quinto filho
Jacob, foi para Paris. Em 1725, Mayer Rothschild mudou toda a família para uma
nova casa, que partilhava com a família Shiff, e que se tornou conhecida como a
casa Greenshield. Estas duas famílias iriam ter um papel preponderante na
história financeira da Europa e dos Estados Unidos.
Os
Rothschilds começaram por encetar um relacionamento com o Príncipe Guilherme de
Áustria, o nobre mais rico da Europa. Mas quando Napoleão o forçou ao exílio,
ele enviou 550.000 libras, uma soma exorbitante nesse tempo, para Nathan
Rothschild em Londres com instruções para que comprasse títulos do tesouro
ingleses, mas Nathan usou o dinheiro em seu próprio proveito. Com Napoleão à
solta pela Europa, as oportunidades de negócios em tempo de guerra eram
enormes. Guilherme voltou pouco antes da batalha de Waterloo, em 1815. Convocou
Rothschild e exigiu o seu dinheiro de volta. Os Rothschilds devolveram o
dinheiro, acrescido de juros que teriam rendido se empregue em títulos do
tesouro. Mas ficaram com o lucro que tinham tirado do uso do dinheiro de
Guilherme, um lucro exorbitante. Por exemplo: na Inglaterra, Nathan Rothschild
viu a oportunidade de montar um golpe que lhe permitiria apoderar-se do mercado
de capitais ou mesmo do Bank of England, nas vésperas de batalha de Waterloo. Rothschild
enviou um espião para Waterloo e mal a batalha acabou o seu espião partiu rapidamente
de volta a Inglaterra, e entregou a notícia a Rothschild 24 horas antes do
próprio correio de Wellington. Rothschild correu para a bolsa com um ar triste
e abatido, e todos o seguiam com o olhar, subitamente, Nathan começa a vender.
Os outros investidores viram que ele tinha começado a vender. A resposta só
poderia ser uma: Napoleão tinha ganhado em Waterloo e Rothschild sabia. Em
poucos minutos, todos vendiam. Os preços caíram em flecha. Entretanto, agentes
de Rothschild começaram a comprar secretamente os títulos por uma fração do seu
valor real. Numa questão de horas, Nathan Rothschild passou a dominar a bolsa
de Londres, e assim como, segundo se supõe, o Bank of England. Nathan mais
tarde gabou-se de, nos 17 anos que passou na Inglaterra, ter multiplicado as
20.000 libras que recebera do pai para se estabelecer em 2500 vezes. Graças à
cooperação familiar, os Rothschild tornaram-se incrivelmente ricos. Em meados
do século XIX, dominavam o sistema bancário europeu e eram sem dúvida a família
mais rica do mundo.
Por
volta de 1850, James Rothschild, o herdeiro do ramo francês da família, tinha
um ativo de 600 milhões de francos franceses, 150 milhões mais que todos os
outros banqueiros franceses somados. Os Rothschilds eram, portanto, a família
mais rica do mundo. O resto do século XIX foi denominado da “era dos
Rothschilds”. Financiaram Cecil Rodes, permitindo-lhe adquirir o monopólio dos
diamantes e ouro na África do Sul. Na América, financiaram os Harriman dos
caminhos de ferro, os Vanderbild, nos caminhos de ferro e imprensa, Carnegie,
no aço, entre muitos outros. Durante a primeira guerra mundial, J.P. Morgan era
suposto ser o homem mais rico da América. De fato, quando morreu, comprovou-se
que era apenas um agente dos Rothschild. J.P. Morgan possuía apenas 19% das
suas empresas.
“Dê-me o controle sobre a moeda de uma nação,
e eu não me preocuparei com quem faz suas leis”, disse Mayer
Amschel Rothschild
O
que Sr. Rothschild descobriu com isso foi o princípio básico do poder, influência e
controle sobre pessoas como aplicado à economia. Esse princípio é "quando
você assume a aparência do poder, as pessoas logo se dão a você". O Sr.
Rothschild descobriu que as contas correntes ou de crédito tem a requerida
aparência de poder que poderia ser usada para induzir pessoas (indução, com
pessoas que corresponde a um campo magnético) a entregarem sua verdadeira
riqueza em troca de uma promessa de maior riqueza (em vez de compensação real).
Eles concederam garantia real em troca de um empréstimo de notas promissórias.
Sr. Rothschild achou que ele poderia lançar mais notas do que ele tinha por
trás, contanto que ele tivesse algum estoque de ouro como um indutor a ser
apresentado a seus clientes. Sr. Rothschild emprestou suas notas promissórias a
indivíduos e governos. Esses criavam excesso de confiança. Então ele faria o
dinheiro ficar escasso, apertando o controle do sistema, e coletar a garantia
através da obrigação dos contratos. O ciclo foi depois repetido. Essas pressões
poderiam ser usadas para iniciar uma guerra. Então ele controlaria a
disponibilidade de dinheiro para determinar quem ganharia a guerra. Aquele
governo que concordasse dar-lhe controle de seu sistema econômico obteria seu
apoio. A cobrança de débitos era garantida pela ajuda econômica ao inimigo do
devedor. O lucro derivado de sua louca metodologia econômica tornou o Sr.
Rothschild o mais capacitado para expandir sua riqueza. Ele descobriu que a
avareza pública permitira que o dinheiro fosse impresso por ordem do governo
além dos limites (inflação) por trás de metais preciosos ou bens e serviços.
Nessa
estrutura, o crédito, apresentado como um puro elemento chamado
"dinheiro" tem a aparência de capital, mas é, em efeito, capital
negativo. Portanto, tem a aparência de serviço, mas é na realidade dívida ou
débito. É, portanto, uma indução econômica de uma capacitação econômica, e se
equilibrada em nenhuma outra forma, será equilibrada pela negação da população
(guerra, genocídio). Os bens e serviços totais representam o capital real, chamado
o produto nacional bruto. O dinheiro pode ser impresso até esse nível e ainda
representa capacitação econômica; mas o dinheiro imprimido além desse nível é
subtrativo, e representa a introdução da indução econômica, e constitui notas
de débito. A guerra é, portanto, o equilíbrio do sistema pela morte dos
verdadeiros credores (o público que nós temos ensinado a trocar valores
verdadeiros por moeda inflacionada) e retrocedendo em tudo que é deixado dos
recursos naturais e regeneração daqueles recursos. O Sr. Rothschild descobriu
que o dinheiro dava a ele poder para reorganizar a estrutura econômica para seu
próprio benefício, mover a indução econômica para aquelas posições econômicas
que encorajariam a grande instabilidade e oscilação econômica.
No
fim do Século XIX, a família Rothschild controlava metade da riqueza do mundo. No
entanto, os seus projetos hegemónicos sofreram um revés: A Revolução Americana.
Por volta de 1750, o império britânico afirmou-se como o mais forte do mundo.
Mas teve de sustentar 4 guerras na Europa desde a criação do Bank of England, e
para isso endividou-se grandemente perante o banco. Em 1750, a dívida do
governo perante o Bank of England ascendia a 140 milhões de libras. O governo
viu-se obrigado a aumentar as receitas das suas colônias para poder pagar os juros
da sua dívida com o banco. Na América, a história era diferente, eles não tinha
um banco emissor central privado. A colônia era relativamente pobre. Tinha poucos
recursos em ouro ou prata. Assim, o governo decidiu-se pela emissão do seu
próprio papel-moeda. A experiência funcionou. Benjamin Franklin era um dos
apoiantes da emissão de papel-moeda para a colônia. Em 1757, Franklin foi
enviado a Londres, e acabaria por ficar pelos próximos 17 anos. Durante esse
período, os americanos começaram a emitir o seu próprio papel-moeda. Chamadas
de “coloniais”, estas notas tiveram um grande sucesso. Os coloniais eram apenas
papel. Não estavam sujeitos a juros e também não tinham qualquer suporte em
ouro.
Quando
os banqueiros do Bank of England perguntaram a Franklin a causa da nova
prosperidade da colônia americana, a sua resposta foi: “é muito simples. Nas
colônias, emitimos o nosso próprio dinheiro. Emitimo-lo nas proporções
necessárias às exigências do comércio e indústria de maneira a que os produtos
passem facilmente dos produtores para os consumidores. Deste modo, criando o
nosso próprio papel-moeda, controlamos o seu poder de compra, e não temos de
pagar juros a ninguém. Apesar de lógica e óbvia, esta explicação teve um enorme
impacto no Bank of England. A América tinha aprendido o segredo do dinheiro, e
esse segredo não podia ser espalhado. O resultado foi o “colonial act” emitido
pelo Parlamento 1764, que proibia os gestores coloniais de emitir o seu próprio
dinheiro e os obrigava a pagar todos os impostos em moedas de ouro ou prata.
Por outras palavras, obrigava as colônias a aderir ao padrão ouro ou prata.
O
que se seguiu, segundo Franklin, mais uma vez: “em um ano, as condições foram
tão invertidas que a era de prosperidade terminou, a depressão instalou-se, ao
ponto das ruas das colônias ficarem cheias de desempregados“. Franklin mais
tarde afirmou que esta foi a razão principal para a Revolução Americana: “As
colônias pagariam prontamente pequenas taxas sobre o chá ou outras mercadorias,
se a Inglaterra não lhes tivesse tirado a sua própria moeda, o que provocou
desemprego e insatisfação generalizados. A impossibilidade das colônias
conseguirem de George III e dos banqueiros internacionais o poder de emitirem a
sua própria moeda foi a PRINCIPAL razão para a guerra revolucionária.” Por
altura do começo da guerra, a colônia tinha sido exaurida de todas as moedas de
ouro e prata que possuía pelas taxas que tinha sido forçada a pagar aos
ingleses. Assim, o governo continental não teve outro remédio senão imprimir
dinheiro para financiar a guerra. Por altura da revolução, a quantidade de
dinheiro existente era de 12 milhões de dólares. Pelo fim da guerra, era de
quase 500 milhões. Como resultado, a moeda não tinha praticamente valor. Um par
de sapatos era vendido a 5.000 dólares.
Os
coloniais tinham mantido o valor porque tinham sido emitidos apenas na
quantidade necessária para facilitar as trocas comerciais. Como George
Washington disse tristemente, um vagão de dinheiro mal chegava para comprar um
vagão de provisões. Este episódio é apontado hoje pelos defensores do padrão
ouro como um exemplo dos malefícios do papel-moeda, esquecendo que esse mesmo
sistema tinha funcionado perfeitamente 20 anos antes. O governo continental
estava desesperadamente necessitado de dinheiro. Em 1781, permitiram a Robert
Morris, o seu superintendente financeiro, que abrisse um banco central privado.
Morris era um homem rico, que tinha ganhado muito dinheiro durante a revolução
com o comércio de suprimentos de guerra. O Bank of
North America seguiu o modelo do Bank of England. Foi-lhe permitido praticar banca com
reserva fraccional, isto é, era-lhe permitido emprestar mais dinheiro que as
reservas que tinha, e cobrar juros sobre ele. E, tal como com o Bank of
England, foi-lhe garantido o monopólio sobre a emissão da moeda.
Foi
requerido aos investidores privados que cobrissem a verba de 400.000 dólares
para o capital inicial, mas quando Morris se viu incapaz de angariar esse dinheiro,
usou a sua influência política para conseguir depósitos em ouro, que tinham
sido emprestados pela França à América. Ele emprestou então esse dinheiro a si
próprio e aos seus amigos para o reinvestir em ações do seu próprio banco. O
valor da moeda continuou a cair porque não havia reserva nenhuma por detrás do
dinheiro que o banco emitia. Assim, 4 anos depois, a licença para o banco
funcionar não foi renovada. O líder do movimento contra o Bank of North
America, William Findley, explica a situação claramente: “esta instituição,
seguindo apenas o princípio da avareza, nunca se desviará do seu objetivo acumular
toda a riqueza e poder do estado” Os homens por detrás do Bank of North
America, Alexander Hamilton, Robert Morris e o seu presidente, Thomas Willing,
não desistiram. Apenas 6 anos depois, Hamilton fez passar pelo congresso um
novo banco central privado. Chamado de First Bank of the United States, Thomas
Willing é de novo o seu presidente. Os homens chave eram os mesmos, a única
diferença estava no nome do banco.
Em
1787, os líderes coloniais reuniram-se na Filadélfia para substituir as leis da
confederação. Thomas Jefferson então diz: “Se o povo americano alguma vez
permitir que bancos privados controlem a emissão da moeda, primeiro pela
inflação e em seguida pela deflação, os bancos e as corporações que surgirão
irão despojá-los de toda a sua riqueza até que os seus filhos um dia acordem
privados da terra do continente que os seus pais conquistaram.” Gouvernor
Morris, um ex-colaborador do bank of North America, e que conhecia bem o
sistema, afirmou: “os ricos lutarão para estabelecer o seu domínio e escravizar
o resto. Sempre o fizeram, sempre o farão, farão o mesmo aqui que fizeram nos
outros lados, se, pelo poder do governo, não os circunscrevermos ao seu próprio
meio.”
Hamilton
e companhia não desistem, tentam convencer os congressistas a inserir na
constituição a proibição de emissão de moeda ao governo. O resultado foi a
constituição ser omissa nesse assunto. Isso deixou a porta aberta aos banqueiros,
tal como tinham planeado. Em 1790, os banqueiros atacam de novo. Hamilton,
então secretário do tesouro, propõe ao congresso uma lei que autoriza um novo
banco central privado. Esta ação coincide com um pronunciamento de Amshel
Rothschild a partir de Frankfurt: “deixem-me emitir e controlar o dinheiro de
uma nação, e não me importo com quem faz as leis“. Depois de um ano de debates,
o congresso acaba por aprovar a lei, concedendo uma concessão de 21 anos. O
novo banco era para ser chamado de First Bank of the United States, ao qual foi
dado o monopólio sobre a moeda, apesar de 80% de o seu capital ser privado. Os
restantes 20% seriam pagos pelo governo. A razão disto foi para esses 20%
fornecerem capital para os donos privados subscreverem as suas cotas. Mais uma
vez, o banco emprestou dinheiro aos particulares para estes pagarem os
restantes 80%. Tal como no Bank of England, o nome dos investidores privados
foi mantido secreto. Anos mais tarde tornou-se evidente que os Rothschild eram
o poder real por detrás do Bank of the United States.
Contrariamente
ao que seria de exigir dum banco central, isto é, controlar a economia, nos 5
anos que se seguiram o governo faz uma dívida de 8 milhões de dólares e os
preços sobem 75%. Thomas Jefferson observa tristemente o resultado, e afirma:
“gostaria que fosse acrescentada à Constituição um simples parágrafo proibindo
o governo americano de pedir emprestado.” Em 1800, Thomas Jefferson é eleito
presidente. Em 1803, Jefferson e Napoleão fazem um acordo: os USA dão a
Napoleão 3 milhões de dólares em ouro, em troca do território de Louisiana. Com
esses 3 milhões de dólares, Napoleão financiou um exército e parte à conquista
de Europa. Mas o Bank of England não tardou a reagir: financiou todas as nações
que se opuseram a Napoleão, fazendo enormes lucros com a economia de guerra. A
Prússia, a Áustria e a Rússia endividam-se fortemente numa tentativa de parar
Napoleão. E 4 anos depois, estando o principal exército francês na Rússia,
Nathan Rothschild, então o chefe do Bank of England, cria um plano para
contrabandear um carregamento de ouro através da França para financiar um
ataque do Duque de Wellington a partir da Espanha. Nathan mais tarde gabou-se
que este foi o melhor negócio que jamais fez. Nem sabia das oportunidades que
iria ter no futuro próximo. Wellington virou o curso da guerra na Europa, até à
abdicação de Napoleão e coroação de Luís XVIII. Entretanto, na América, os
americanos tentavam-se também libertar do banco central. Em 1811, foi colocado
um projeto-lei perante o congresso para renovar a concessão do First Bank of
the United States. A reação foi quase unânime contra o First Bank. Nathan
Rothschild tinha avisado os Estados Unidos que o país se veria perante uma
guerra desastrosa se não renovasse a concessão. A lei acabou por não passar por
apenas um voto. James Madison era então o presidente.
Em
5 meses, a Inglaterra atacou os Estados Unidos e começou a guerra de 1812. Mas
os ingleses estavam enfraquecidos com a guerra com Napoleão, e a guerra de 1812
acabou num empate 2 anos depois. Os banqueiros tinham perdido uma batalha, mas
não tinham perdido a guerra. Em apenas 2 anos, conseguiram reintroduzir o seu banco.
Entretanto, na Europa, em 1815 Napoleão escapa e volta a Paris. As tropas
juntam-se a ele. Napoleão consegue 5 milhões de libras do banco para refazer o
seu exército.
Voltando
à América, em 1815 passa pelo Congresso mais uma lei permitindo a criação de
mais um banco central privado. Foi chamado de “Second Bank of the United
States”. Mais uma vez, o esquema repete-se: o estado entra com 20% do capital,
que é usado para financiar a compra dos outros 80% pelos investidores privados.
Mais uma vez, os investidores eram desconhecidos, mas soube-se que cerca de 1/3
das ações foram vendidos para o estrangeiro. Portanto, em 1816, os Rothschilds
tinham o controle do Bank of England e de uma parte do novo banco central
americano.
Passados
12 anos, o povo americano não suportava mais o Second Bank. Apoiou um forte
opositor do Second Bank na sua candidatura para presidente: Andrew Jackson. Para
surpresa dos banqueiros, Jackson é eleito em 1828. Jackson assume a presidência
determinado em acabar com o banco logo que possa. Mas a concessão do banco
durava até 1837, isto é, ao último ano do seu segundo mandato, se conseguisse
manter até lá. Jackson começou por demitir do funcionalismo público todos os
agentes do Second Bank. Despediu cerca de 2.000 funcionários, e em 1832,
próximo das eleições, o banco atacou: pediram ao congresso para passar a
renovação da concessão com 4 anos de antecedência. A lei passou pelo congresso,
mas Jackson vetou-a. A sua mensagem de veto é um dos mais memoráveis documentos
da história americana: “não são só os cidadãos deste país que irão receber os
juros deste governo. Mais de 8 milhões de ações deste banco pertencem a
estrangeiros. Não existirá perigo para a nossa liberdade e independência num
banco que pela sua natureza tem tão pouco que o ligue a este país. Controlando
a nossa moeda, recebendo o nosso dinheiro, e mantendo milhares dos nosso cidadãos
na sua dependência seria mais formidável e perigoso que o poder militar do
inimigo. Se o governo assumisse este cargo, e espalhasse as suas bênçãos por
todos, ricos ou pobres, seria uma grande bondade. Na lei que me foi apresentada
parece existir um largo e desnecessário afastamento destes princípios de
justiça.”
O
congresso não conseguiu ultrapassar o veto de Jackson. Agora Jackson tinha de
se reeleger. Jackson apelou diretamente ao povo. Pela primeira vez na história
americana, Jackson fez a sua campanha na estrada. O seu slogan foi “Jackson e
nenhum banco”. Apesar de os banqueiros terem financiado a campanha dos
republicanos com 3 milhões de dólares, Jackson foi reeleito. Depois de
reeleito, Jackson ordenou ao seu secretário do tesouro que começasse a remover
os depósitos do governo do Second Bank e os colocasse em bancos estaduais. O
secretário recusou-se a fazê-lo. Jackson despediu-o e substituiu-o. O sucessor
recusou-se também. Jackson despediu-o e substituiu-o. O novo secretário do
tesouro começou a remover os depósitos em 1 de outubro de 1833. O presidente o
second Bank, Biddle, não só apresentou uma moção ao congresso para rejeitar a
nomeação do novo secretário do tesouro, como, numa demonstração de arrogância,
ameaçou com uma depressão se o mandato do banco não fosse renovado. Afirmou que
iria tornar o dinheiro escasso e provocar uma recessão até que o congresso
restaurasse a concessão do banco.
E
assim fez, começou a executar os empréstimos e a não os renovar ou conceder, o
que provocou um pânico generalizado na bolsa e mergulhou o país numa depressão
profunda. Depois acusou o governo de ter provocado a crise ao retirar os seus fundos
do banco. Tão grande era já o poder do banco, que Biddle acreditava firmemente
que submeteria o país inteiro a uma chantagem econômica até que o país cedesse.
Uma gigantesca campanha dos jornais é montada contra Jackson. O Second Bank
prometia abertamente financiamentos a quem o apoiasse. Em alguns meses, o
congresso reuniu-se numa sessão extraordinária. Seis meses depois de ter
retirado os fundos públicos do banco, Jackson recebeu um voto de censura do
congresso. Começou uma corrida contra o tempo. Se o congresso conseguisse
reunir votos suficientes para anular o veto do presidente, o Second Bank
receberia novo mandato por mais 21 anos. Tempo suficiente para se instalar
firmemente no poder.
Tudo
parecia perdido, então, aconteceu o milagre, o governador da Pensilvânia dá o
seu apoio publico ao presidente. Por outro lado, tornou-se pública a bravata de
Biddle de que iria provocar o crash da economia americana. A maré mudou em
1834, o congresso votou contra o novo mandato do Second Bank. Foi criada uma
comissão para investigar a responsabilidade do banco no crash económico. Quando
esta comissão chegou ao banco com um mandato do tribunal para investigar a
contabilidade do banco, Biddle recusou-se a entregá-la. Nem permitiu o acesso à
sua correspondência privada com os políticos e congressistas, prometendo
financiamentos tal como pagamentos feitos aos congressistas. Biddle também se
recusou a testemunhar em Washington. A 8 de Janeiro, 1835, Jackson pagou a
ultima prestação da dívida pública, tendo-se tornado no único presidente que
pagou a dívida pública. A 30 de janeiro, Lawrence, um assassino, tentou matar
Jackson, mas por um acaso da sorte as duas pistolas não dispararam. Lawrence
foi mais tarde inocentado do atentado, por insanidade mental. Depois de ser
solto, gabou-se que gente poderosa na Europa o tinham contratado e prometido
proteção no caso de ser apanhado.
No
ano seguinte, no fim do seu mandato, o Second Bank encerrou as operações.
Biddle foi mais tarde acusado de fraude e preso, mas morreu pouco depois, não
chegando a ser julgado. O Second bank estava morto e enterrado. No entanto, os
bancos estaduais ainda funcionavam com o sistema de reservas fraccionais, o que
criava instabilidade económica. Os banqueiros internacionais tentaram
reconquistar a sua influência através os bancos estaduais, mas não o
conseguiram. Então, os banqueiros voltaram à velha fórmula: guerra, para criar
endividamento e dependência. A América poderia ser manietada se entrasse numa
guerra civil, tal como acontecera em 1812, com o First Bank. Um mês depois de
Lincoln ser eleito, a guerra civil começava. A escravatura foi uma das causas
da guerra civil, mas não foi a causa principal. Lincoln sabia que a economia do
Sul era dependente da escravatura, e não tinha intensão de eliminá-la. Do seu
discurso de tomada de posse: “não tenho qualquer intenção de interferir direta
ou indiretamente na instituição da escravatura nos estados onde ela existe.
Acredito que não tenho o direito de fazê-lo, e não estou inclinado a fazê-lo“.
Mesmo
depois de a guerra civil começar, diz: “O meu objetivo primordial é salvar a
União, e não é destruir ou assegurar a escravatura. Se pudesse salvar a União
sem libertar qualquer escravo, fá-lo-ia”. Os estados do norte tinham criado
tarifas protetoras para impedir os estados do sul de comprar os produtos
europeus, que eram mais baratos. A Europa retaliou, deixando de importar o
algodão americano. Os estados do sul estavam numa situação nada invejável. Eram
obrigados a pagar mais caro pelos produtos de consumo, e viram as suas fontes
de receitas fecharem-se. Os banqueiros europeus ainda estavam em choque pela
sua perda do controle dos Estados Unidos. Desde então, a economia americana
tinha crescido, tornando o país rico. Um mau exemplo para o resto do mundo. Os
banqueiros viam agora uma oportunidade de dividir a nova nação. Dividir e
conquistar, pela guerra.
Temos
uma testemunha credível: Otto Von Bismark. Ele diz: “a divisão dos Estados
Unidos em dois blocos de força comparável foi decidida muito antes da guerra
civil pelos poderes financeiros europeus. Estes banqueiros tinham medo que, se
a nação se mantivesse unida, adquirisse independência económica e financeira, o
que prejudicaria o seu domínio financeiro sobre o resto do mundo”. Mal a guerra
começou, os banqueiros internacionais financiaram Napoleão III com 210 milhões
de francos, para se apoderar do México e colocar tropas ao longo da fronteira
sulista americana, aproveitando-se da guerra civil para violar os tratados
internacionais e transformar o México de novo numa colónia. Uma vez a guerra
acabada, os Estados Unidos, enfraquecido e endividado, seriam presa fácil para
os banqueiros europeus. Ao mesmo tempo, 11.000 soldados ingleses foram
despachados para o Canadá, onde foram dispostos ameaçadoramente ao longo da
fronteira norte dos Estados Unidos.
Lincoln
precisava desesperadamente de dinheiro. Então, foi a Nova Iorque com o seu
secretário do tesouro, Salmon P. Chase, ter com os banqueiros internacionais.
Os banqueiros, ansiosos por verem o Norte perder, ofereceram empréstimos a
juros de 24 a 36%. Lincoln recusou e voltou para Washington. Lincoln entrou em
contato com um velho amigo, Cor. Dick Taylor, de Chicago, e apresentou-lhe o
problema de arranjar financiamento para a guerra. A sua resposta foi: “Mas isso
é fácil. Basta que o Congresso aprove uma lei autorizando o governo a emitir
títulos do tesouro. Use-os para pagar aos seus soldados e ganhe a guerra com
eles“. Lincoln exprimiu as suas dúvidas quanto ao povo aceitar estes títulos
como dinheiro. Taylor respondeu: “O povo ou qualquer outro não terão voto na
matéria. Terão garantia total do governo e serão tão bons como dinheiro. O
congresso tem poderes para fazê-lo garantidos expressamente pela Constituição”.
Foi
o que Lincoln fez. O governo emitiu em 2 anos 450 milhões de dólares dessas
notas, sem qualquer endividamento ou juros. Por terem o verso todo verde, estas
notas ganharam rapidamente o nome de “Green Backs”. Mais tarde, Lincoln diz: “O
governo devia criar distribuir e circular todo o dinheiro e crédito necessários
para satisfazer as suas despesas e o poder de compra dos seus clientes. O poder
de emitir dinheiro não é só prerrogativa do governo, mas também a sua maior
oportunidade criadora. Pela adopção destes princípios, os contribuintes
pouparão enormes somas em juros. O dinheiro cessará de ser o senhor para ser o
servo da humanidade”.
Um
editorial do Times de Londres de então mostra-nos o impacto deste exemplo na
Europa dominada pelos banqueiros: “Se esta política financeira irresponsável,
que tem a sua origem na América do Norte, se transformar numa realidade, então
esse governo poderá satisfazer as suas necessidades de dinheiro sem qualquer
custo. Pagará as sua dívidas e não terá dívida. Terá todo o dinheiro necessário
para garantir o comércio. Tornar-se-á próspero numa escala sem precedentes na
história universal. Os cérebros e a riqueza de todos os países irão para a
América do Norte. Esse país deve ser destruído ou destruirá todas as monarquias
do globo“. O esquema funcionou. No entanto Lincoln foi levado mais tarde a
aceitar o “nacional banking act”, permitindo a criação de bancos nacionais.
Estes bancos funcionariam sem juros e teriam coletivamente o monopólio
exclusivo sobre a emissão desta nova forma de dinheiro.
Lincoln
teve uma ajuda inesperada do Czar Alexandre II da Rússia, que tal como Bismark,
conhecia bem os banqueiros internacionais e recusou a instalação de um banco
central privado na Rússia. E percebeu que era do seu interesse ajudar os
americanos. Então, emitiu uma declaração dizendo que, se a Inglaterra ou a
França interviessem na guerra ou ajudassem o sul, a Rússia consideraria esse ato
como uma declaração de guerra. Fez o mesmo com a sua frota no pacífico, e
enviou-a para S. Francisco. Lincoln teria revogado o banking act depois da
guerra, se tivesse sobrevivido. Tinha escrito, entretanto: “o poder do dinheiro
parasita a nação em tempos de paz e conspira contra ela em tempos de guerra. É
mais despótico que a monarquia, mais insolente que a autocracia, mais egoísta
que a burocracia”.
O
seu secretário do tesouro, Salmon P. Chase, diria também: “O meu auxílio em
fazer passar o Nacional Banking Act foi o maior erro financeiro da minha vida.
Criou um monopólio que afeta todos os interesses deste país.” E 4 dias depois
do fim da guerra, Lincoln foi assassinado. Bismark foi claro: “A morte de
Lincoln foi um rude golpe para toda a cristandade. Não havia nenhum homem nos
Estados Unidos capaz de ocupar o seu lugar. Receio que os banqueiros
internacionais, com a sua manha e tortuosidade, acabarão por controlar
completamente a enorme riqueza da América, e usá-la para sistematicamente
corromper a civilização moderna. Não hesitarão em mergulhar toda a cristandade
na guerra e no caos para que possam herdar a Terra”. Provas de que os
banqueiros internacionais estiveram por detrás do assassinato de Lincoln
acabaram por aparecer 70 anos depois, em 1934.
Com
Lincoln fora do caminho, o primeiro passo foi dado para destruir o dinheiro
nacional americano, e 8 anos depois de Lincoln morrer, os banqueiros
internacionais conseguiram não só acabar com o padrão prata como que a moeda
americana aderisse ao padrão ouro. Porque havia muita prata nos Estados Unidos.
Os banqueiros internacionais não podiam controlar a prata, mas já controlavam o
ouro.
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