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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

NIBIRU


 



 

Uma das civilizações mais antigas que se tem notícia, os sumérios foram responsáveis por lançarem as bases de diversas áreas do conhecimento da sociedade atual, da agricultura ao direito, tendo sido excelentes observadores dos astros. Por volta de 3500 A.C., por exemplo, os escritos e representações sumérias já organizavam nosso Sistema Solar de forma muito similar à que conhecemos hoje.

A diferença para a atualidade é que na relação de planetas feita por eles estavam Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão e Nibiru.

A origem do mito de Nibiru remonta ao período em que surgiram os sumérios, um dos mais antigos povos da Mesopotâmia, há cerca de cinco mil anos. A cultura suméria tornou-se uma das mais avançadas da Antiguidade.

Inventores da primeira linguagem escrita que se tem notícia (a cuneiforme), eles deixaram diversos registros históricos em tábuas de argila, que permaneceram indecifráveis em museus europeus por séculos.

Mais tarde, descobriu-se que um dos campos de estudo da antiga civilização havia sido a astronomia. E, aparentemente, eles tinham noções muito interessantes do universo. Datando de cerca de 3500 A.C., os escritos e representações sumérias já organizavam o Sistema Solar de forma muito similar à que conhecemos hoje, composto por 12 planetas (consideravam a Lua entre eles) que orbitavam em torno do Sol (também visto como um planeta).

Porém, além dos dois corpos celestes já citados, de Plutão, que recentemente foi rebaixado a planeta anão, e de outros oito conhecidos nossos (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), faltaria mais um planeta na lista dos sumérios. Mas que planeta é esse?

Interessado na teoria suméria, o historiador Zecharia Sitchin (1920-2010) orientou suas pesquisas para tentar descobrir que planeta seria esse que completava o mapa do Sistema Solar do povo antigo. Com seus estudos, concluiu que se tratava de Nibiru, mencionado na mitologia suméria como lar de gigantes celestiais chamados Annunaki (ou Nefilim, seu correspondente bíblico).

De acordo com a interpretação que fez de textos históricos, Sitchin aponta que os sumérios acreditavam que a civilização (valores sociais, culturais, etc.) lhes fora ensinada por esses seres, que teriam chegado à Terra há cerca de 450 mil anos, estabelecendo-se no vale dos rios Tigre e Eufrates. Ali, teriam fundado uma colônia para exploração de minérios, especialmente ouro. Além disso, teriam criado o Homo sapiens por meio de engenharia genética a fim de terem escravos que os auxiliassem na expedição.

De acordo com as pesquisas de Sitchin, Nibiru e suas luas descreveriam uma órbita lenta e elíptica em torno de uma estrela não muito distante e passariam pelo interior do Sistema Solar a cada 3,6 mil anos, sendo uma espécie de intermediário entre essas duas regiões do universo.

O cinturão de asteroides, os cometas, as crateras na superfície da Lua e até mesmo a própria Terra seriam resultado da colisão de Nibiru e Tiamat, outro planeta mítico citado por Sitchin, que ficaria entre Marte e Júpiter.

Além de causar desequilíbrios cósmicos, a passagem de Nibiru pelo Sistema Solar ainda se faria sentir por meio de catástrofes naturais, a exemplo do dilúvio de Noé e do desaparecimento de Atlântida, e pela inversão dos polos magnéticos do planeta, causando imensa destruição.

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