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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

SOCIEDADES SECRETAS


 

 

Iluminati

Illuminati (plural do latim illuminatus, "aquele que é iluminado") é a denominação de diversos grupos, alguns históricos, outros modernos, reais ou fictícios. Mas comumente, contudo, o termo "Illuminati" tem sido empregado especificamente para referir-se aos Illuminati da Baviera, uma sociedade secreta da era do Iluminismo fundada em 1º de maio de 1776. Nos tempos modernos, também é usado para se referir a uma suposta organização conspiratória que controlaria os assuntos dos vários Estados secretamente, normalmente como versão moderna ou como continuação dos referidos Illuminati bávaros, como sinónimo e cérebro por trás dos acontecimentos que levarão ao estabelecimento de uma Nova Ordem Mundial, com os objetivos primários de unir o mundo sob uma espécie de tirania global.

Os Illuminati são um grupo que praticam uma forma de fé, conhecido como “iluminação”. Na verdade é luciferiana, e ensinam a seus seguidores que suas raízes remontam às antigas religiões de mistério da Babilônia, Egito e druidismo celta. Tomaram o que consideram o “melhor” de cada uma e as juntaram em uma disciplina fortemente ocultista. Muitos grupos a nível local adoram as deidades antigas como “El”, “Baal”, e “Ashtarte”, bem como “Ísis e Osíris” e “Set “

Maçonaria

Maçonaria, forma reduzida e usual de francomaçonaria, é uma sociedade discreta e por essa característica, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam. De caráter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática, filosófica, progressista e filantrópica. Seu adjetivo é o maçônico & maçônica.

A maçonaria é, portanto, uma sociedade fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição, aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.

Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e designadas) lojas. Existem, no mundo, aproximadamente seis milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 (58%), nos Estados Unidos, 1,2 (23%), no Reino Unido e 1,0 (20%), no resto do mundo. No Brasil são aproximadamente 150 mil maçons regulares (2,7 %) e 4700 lojas. Três Potencias são reconhecidas que são COMAB (Orientes independentes), Grande Lojas e GOB.

A Ordem DeMolay

A Ordem DeMolay é uma sociedade discreta de princípios filosóficos, fraternais, iniciáticos e filantrópicos, para jovens do sexo masculino com idade compreendida entre os 12 e os 21 anos. É uma organização para-maçônica fundada nos Estados Unidos, em 18 de Março de 1919, pelo maçon Frank Sherman Land patrocinada e mantida pela Maçonaria, oficialmente desde 1921, que na maioria dos casos cede espaço para as reuniões dos Capítulos DeMolays e Priorados da Ordem da Cavalaria, denominações das células da organização. São sete preceptores, uma tríade, e outros cargos.

A Ordem é inspirada na vida e morte do nobre francês Jacques de Molay, 23º e último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, morto em 18 de março de 1314 junto a três de seus preceptores por contestar as falsas acusações de prática de diversas heresias como infidelidade à Igreja, sodomia, adoração de ídolos etc. Pode-se acreditar que o motivo de tais acusações fosse a ambição do Rei Filipe IV, o Belo e o Papa Clemente V, pelas posses da Ordem dos Templários, pois em caso de prisão, os bens do acusado passariam a pertencer ao Estado francês. A Ordem Demolay possui cerca de oito milhões de membros em todo o mundo e mais de 200 mil no Brasil. O DeMolay que completa 21 anos de idade, é denominado Sênior DeMolay, perde seu direito a voto e o de ocupar cargos efetivo e passa a poder acompanhar os trabalhos do Capítulo através da "Associação DeMolay Alumni". No Brasil, a Ordem é distribuída em mais de setecentos e noventa capítulos, sendo que os milhares de DeMolays regulares de todos os Estados da federação se reúnem frequentemente.

No mundo, a Ordem DeMolay pode ser encontrada em vários países como Argentina, Aruba (Países Baixos), Alemanha, Austrália, Bolívia, Brasil, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, Filipinas, França, Guam (Estados Unidos), Itália, Japão, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. No dia 8 de abril de 2008, o Estado de São Paulo estabeleceu o Dia do DeMolay, através da Lei Estadual nº 12.905, a ser comemorado anualmente no dia 18 de março. Em 19 de janeiro de 2010, foi promulgada a Lei Federal nº 12.208 que instituiu o dia 18 de março como o Dia Nacional do DeMolay, seguindo o exemplo paulista, sendo que a escolha da data marca o falecimento de Jacques de Molay, herói e mártir que inspirou o nome da Ordem.

Skull and Bones

A Skull and Bones (Crânio e Ossos, em português) é uma sociedade secreta estudantil dos Estados Unidos, fundada em 1832. Foi introduzida na Universidade de Yale por William Huntington Russell e Alphonso Taft em 1833. Entre 1831 e 1832, Russell estudou na Alemanha, onde supostamente teria sido iniciado em uma sociedade secreta alemã, a qual teria inspirado a criação da Skull and Bones. Tal hipótese foi confirmada durante obras realizadas no salão de convenções da Skull and Bones. A sociedade foi incorporada pela Russell Trust Association, em 1856. Em 1846, Russell tornou-se membro da assembleia do estado de Connecticut e, em 1862, foi nomeado general da guarda nacional.

Alphonso Taft tornou-se ministro da guerra em 1876, e depois Vice-general e embaixador dos Estados Unidos na Rússia, em 1884. Seu filho, William Howard Taft, tornou-se mais tarde, magistrado e depois presidente dos Estados Unidos. Yale é a única universidade com sociedades secretas onde são admitidos somente seniores, quer dizer antigos alunos. As duas outras são Scroll and Key ("Chave e Pergaminho") e Wolf's Head ("Cabeça de lobo"). Os candidatos são exclusivamente homens brancos, protestantes, e são originários habitualmente de famílias muito ricas. Frequentemente, seus pais já eram membros da ordem. No último ano de estudo, são denominados cavaleiros.

Thule

A Sociedade Thule (em alemão: Thule-Gesellschaft) foi uma sociedade secreta, racista e oculta que foi fundada em 17 de Agosto de 1918 por Rudolf von Sebottendorff em Munique, o nome Thule é derivado da ilha mítica Thule. O seu nome original era "Studiengruppe für germanisches Altertum" (Grupo de estudo para antiguidade germânica), mas em breve ela começou a disseminar propaganda antirrepublicana e antissemítica. Foi um grupo precursor importante para a fundação do "Deutsche Arbeiter-Partei" (Partido Alemão dos Trabalhadores) que mais tarde se tornaria o NSDAP (Partido Nazista). Teve membros dos escalões de topo do partido, incluindo Rudolf Heß, Alfred Rosenberg, inclusive Adolf Hitler que foi iniciado na Sociedade Thule por Rudolf Heb, enquanto estavam presos no forte de Landsberg.

O seu órgão de imprensa foi o "Münchener Beobachter" (Observador de Munique) que mais tarde se tornaria o "Völkischer Beobachter" (Observador do Povo), o jornal do NSDAP. A socidade Thule é também conhecida por estar associada à sociedade secreta Germanenorden. A sociedade Thule permanece hoje em funcionamento, dispondo mesmo de uma página oficial na Internet. Está sob observação do Ofício Federal para a Proteção da Constituição da Alemanha por receio do fomento da ideologia Nazi ou Neo-Nazi.

Acreditava-se que Thule teria sido o centro mágico de uma civilização desaparecida, muitos ocultistas alemães acreditavam que nem todos os segredos de Thule haviam perecido. Criaturas intermediárias entre o Homem e outros seres inteligentes do além colocariam à disposição dos Iniciados, ou seja, os membros da Sociedade Thule uma série de forças que podiam ser reunidas para tornar possível que a Alemanha dominasse o mundo. Seus líderes seriam homens que sabem tudo, obtendo sua força da própria fonte de energia e guiados pelos Grandiosos do Mundo Antigo. Era sobre esses mitos que a doutrina ariana de Eckardt e Rosenberg se fundamentava e que esses profetas, instilaram na mente receptiva de Hitler. A Sociedade de Thule logo se tornaria um instrumento na transformação da própria natureza da realidade. Sob a influência de Karl Haushofer, o grupo assumiu sua verdadeira característica como uma sociedade de Iniciados em comunhão com o Invisível e se tornou o centro mágico do movimento nazista.

Haushofer era membro do Pavilhão Luminoso, uma sociedade secreta budista no Japão, e da Sociedade Thule Haushofer, certamente que veio a conhecer em 1905, e a versão que René Guénon apresentou em seu livro, Le Roi du Monde, após o cataclismo de Gobi, os lordes e mestres desse grande centro de civilização, os Oniscientes, os filhos das Inteligências do Além, levaram sua vasta morada para o assentamento subterrâneo sob o Himalaia. Ali, no coração dessas cavernas, eles se dividiram em dois grupos, um que seguia o “Caminho da Mão Direita”, e outro que seguia o “Caminho da Mão Esquerda”. Os primeiros concentravam-se em Agartha, um local de meditação, uma cidade oculta de bondade, um templo de não participação nos assuntos deste mundo. Os outros se dirigiram a Shamballah, uma cidade de violência e poder, cujas forças comandam os elementos e as massas da humanidade e apressam a chegada da raça humana no “momento decisivo do tempo”.

Assim, foi mais como um iniciado da teocracia oriental que como um geopolítico que Haushofer supostamente proclamou a Hitler a necessidade de “retornar às origens” da raça humana na Ásia Central. Ele estava, portanto, defendendo a conquista nazista do Turquistão, Pamir, Gobi e Tibet para assegurar o acesso da Alemanha a esses centros ocultos de poder do Oriente. Essa imagem sensacionalista da Sociedade Thule e de seus membros era bem real. Hitler teria comparecido secretamente a várias reuniões da Sociedade Thule. Seu fundador, Rudolf von Sebottendorff, certamente mantinha pelo interesse no oculto, um diário detalhado de suas reuniões regulares de 1918 a 1925 mantido por seu secretário, Johannes Henng, menciona inúmeras palestras sobre esses tópicos. Crescendo em importância como um grupo ocultista por trás do Partido Nazista, a Sociedade Thule era politicamente poderosa em 1920 e iniciou suas atividades de forma completamente secreta em 1925. Durante seu apogeu, a Sociedade Thule era definida por sua ideologia nacionalista e antissemita e um corpo de membros da classe média alta, e classe alta de Munique.

Em 1939 sai uma expedição da SS, liderada por Ernst Schãfer, teria ido ao Tibet com o expresso propósito de estabelecer uma conexão de rádio entre o Terceiro Reich e os lamas, e estabelecer uma conexão e uma colônia na Alemanha de Monges Tibetanos ligados a Tradição Bön-Po. Walter Johannes Stein (1891-1957), um judeu vienense que havia emigrado da Alemanha para a Grã-Bretanha em 1933, a quem falsamente atribuiu a mais fantástica história de inspiração demoníaca de Hitler. Antes do estabelecimento do Terceiro Reich, Stein ensinava na Escola Waldorf em Stuttgart, que era dirigida segundo os princípios antroposóficos de Rudolf Steiner. Durante sua época nessa escola, Stein escreveu um livro versado e curioso, Weltgeschichte im Lichte des Heiligen Gral (1928), que dava uma interpretação espiritual da história e sua realização cristã baseada na lenda do Santo Graal. Em particular, Stein argumentou que romance do Graal de Wolfram von Eschenbach, Percival (cerca de 1200), baseava-se no cenário histórico do século IX, e os personagens fabulosos do épico correspondiam a pessoas reais, que viveram durante o Império carolíngio. Por exemplo, o Rei do Graal, Anfortas, foi apontado como Carlos, o Calvo, neto de Carlos Magno; Cundrie, a feiticeira e mensageira do Graal, seria Ricilda, a Má; o próprio Percival foi considerado como sendo Luitward de Verceili, o chanceler da corte franca; e Klingsor, o mago maligno e dono do Castelo das Maravilhas, foi identificado como Landulf II Cápua, um homem de reputação sinistra devido ao seu pacto com os poderes pagãos do Islã, na Sicília, então ocupada pelos árabes. A batalha entre cavaleiros cristãos e seus malignos adversários foi compreendida como uma alegoria de sua duradoura luta pela posse da Lança Sagrada, a Lança de Longinus que teria perfurado o dorso de Cristo durante a crucificação. Com base nesse possível contato com Stein e o conhecimento de obra, Ravenscroft desenvolveu sua própria história oculta do nazismo, e a obsessão de Hitler com os mistérios do Graal e a Lança Longinus.

 

Em A Lança do Destino, Ravenscroft descreveu como o jovem estudante Stein havia descoberto uma cópia gasta, de segunda mão de Percival, de Eschenbach, em uma livraria ocultista no velho bairro de Viena, em agosto de 1912. Esse volume continha muitos rabiscos manuscritos como comentários do texto que interpretavam o épico do Graal como testes de iniciação em uma jornada de obtenção de consciência transcendental. Essa interpretação era apoiada por muitas citações, na mesma letra, de religiões orientais, de alquimia, de astrologia e de misticismo. Stein também notou que uma forte temática de ódio antissemita e fanatismo racial pan-alemão impregnavam todo o comentário. O nome escrito no lado de dentro da capa do livro indicava que seu dono anterior era um tal de Adolf Hitler.

Com a curiosidade a respeito desses rabiscos despertada, Stein supostamente voltou à livraria e perguntou ao proprietário se poderia lhe dizer qualquer coisa sobre esse Adolf Hitler. Ernst Pretzsche informou a Stein que o jovem Hitler era um estudante assíduo do oculto e lhe deu seu endereço. Stein procurou por Hitler. Ao longo de seus frequentes encontros no final de 1912 e início de 1913, Stein aprendeu que Hitler acreditava que a Lança de Longinus concederia ao seu dono poder ilimitado para o bem ou para o mal. A sucessão de donos anteriores supostamente incluía Constantino, o Grande; Carlos Martel; Henrique, o Caçador de Aves; Oto, o Grande, e os imperadores Hohenstauffen. Como propriedade da dinastia de Habsburg desde a dissolução do Sacro Império Romano Germânico em 1806, a Lança Sagrada agora estava exposta na Casa do Tesouro dos Hofburg, em Viena. Hitler estava determinado a adquirir a lança para garantir o sucesso de sua própria tentativa de dominação mundial. Hitler acelerou seu desenvolvimento no ocultismo pelo uso de Peiote e da Chacrona, um alucinógeno que Pretzsche lhe teria fornecido após ter trabalhado no México, até 1892, como assistente de um apotecário, na colônia alemã na Cidade do México.

O conhecimento de Hitler sobre os romances do Graal e da Lança de Longinus poderia ser facilmente atribuído ao seu ardente entusiasmo pelas óperas de Richard Wagner (1813-83), a quem idolatrava como o maior intérprete do espírito popular germânico. O Graal e seus cavaleiros desempenhavam um papel central em Lohengrin (1850), que Hitler vira pela primeira vez aos doze anos em Linz e novamente mais dez vezes durante sua época em Viena, entre 1907 e 1913. Parsifal (1882), o último trabalho de Wagner e o único a envolver a Lança, baseava-se na história do Graal de Eschenbach, mas fundia o simbolismo cristão original com a mística do sangue do mito racial ariano. Nessa ópera, Parsifal (ou Percival) era o campeão casto dos homens arianos, o único que poderia recuperar a lança sagrada, que penetrara o dorso de Cristo, e assim preservar o Graal, o talismã da raça alemã.

Thule é uma ilha ou região identificada pelos geógrafos clássicos como a mais setentrional das terras conhecidas. Também são encontradas, em textos e mapas medievais e do início da Idade Moderna, as grafias Thile, Tile, Tilla, Toolee e Tylen. O primeiro a falar de Thule parece ter sido explorador grego Píteas (Pytheas), em Sobre o Oceano, obra escrita após as viagens que teria feito ao norte entre 330 a.C. e 320 a.C., quando foi enviado pela colônia grega de Massalia (atual Marselha) para pesquisar a origem de produtos ali comercializados. A obra foi perdida, mas citada por geógrafos posteriores.

Políbio, em suas Histórias (140 a.C.), cita Píteas como tendo induzido muitas pessoas a erro ao dizer que atravessou toda a Grã-Bretanha a pé e dar à ilha a circunferência de 40 mil estádios (8 mil km) e contar sobre Thule, "essas regiões nas quais não há mais propriamente terra, mar ou ar, mas uma espécie de mistura dos três com a consistência de uma água-viva na qual não se pode andar ou navegar". Estrabão, na sua Geografia (30 d.C.), ao descrever o cálculo da circunferência da Terra por Eratóstenes, nota que Píteas disse que Thule, "a mais setentrional das Ilhas Britânicas" está a seis dias de navegação ao norte da Grã-Bretanha, perto do mar congelado, sobre o Círculo Ártico. Mas também escreve que Píteas era um mentiroso e as pessoas que viram a Grã-Bretanha e a Irlanda não mencionam Thule, embora falem de outras ilhas, menores, perto da Grã-Bretanha.

Em 77 d.C., Plínio, o Velho, ao discutir as ilhas em torno da Grã-Bretanha, diz que a mais distante conhecida é Thule, onde não há noites no meio do verão, nem dias no meio do inverno. Do paralelo mais setentrional, o "paralelo dos Citas", diz que passa pelos montes Rifeus e por Thule e que nessa latitude o dia dura seis meses e a noite outros seis meses. Orosius (384-420 A.D) e o monge irlandês Dicuil (final do século VIII e início do IX), descreveram Thule como estando a noroeste da Irlanda e Grã-Bretanha, além das Faroe, o que parece sugerir a Islândia. O historiador Procopius, na primeira metade do século VI, disse que Thule era uma grande ilha do Norte habitada por 25 tribos, inclusive os Gautoi (provavelmente os godos, do sul da atual Suécia) e os Scrithiphini (provavelmente os saami, ou finlandeses) o que sugere a Escandinávia. Escreveu também que, quando os hérulos retornaram, eles atravessaram o Varni (povo germânico do atual Mecklenburg) e os Danes (dinamarqueses) e então cruzaram o mar rumo a Thule, onde se estabeleceram ao lado dos godos.

No século XVIII, o astrônomo francês Jean-Sylvain Bailly, considerando tábuas astronômicas indianas que ele acreditava terem sido compiladas muito ao norte da Índia (paralelo 49º), lendas zoroastristas segundo as quais os ancestrais dos iranianos vinham do “pólo norte” e o mito grego dos hiperbóreos, concebeu uma pré-história segundo a qual a Atlântida situara-se no extremo norte quando o mundo era mais quente, no arquipélago norueguês de Spitzbergen ou, talvez, na Groenlândia ou em Nova Zemlya.

Ainda não se ouvira falar da fissão nuclear, dos processos de desintegração radioativa que, sabe-se hoje, mantém quente o interior da Terra (e muito menos do processo de fusão do hidrogênio que sustenta o calor do Sol). Os astrônomos pensavam que nosso planeta havia esfriado continuamente a partir da bola de lava que fora há não mais que algumas dezenas de milhares de anos. Segundo essa ideia, o mundo devia ter sido bem mais quente há alguns milênios e, dentro de alguns mais, estaria completamente congelado. Por isso, especulou Bailly, à medida que o clima esfriou, os atlantes se mudaram para a Sibéria, entre os rios Obi e Yenisei e depois para o Altai, no paralelo 49 (onde hoje se encontram as fronteiras da Rússia, China, Mongólia e Cazaquistão), a partir do qual se espalharam para a Índia, a Pérsia e a Europa. Segundo Bailly, "é coisa muito notável que o esclarecimento pareça ter vindo do Norte, contra o preconceito comum que a terra foi esclarecida, como também povoada a partir do Sul." Tenta então mostrar que, de acordo com todas as lendas e a sabedoria antiga, "quando a humanidade começou a se reconstituir depois do Dilúvio de Noé, o mais puro fluxo de civilização desceu do norte da Ásia para a Índia que hoje tem a evidência de possuir o sistema astronômico mais antigo da Terra." Segue afirmando que, na maioria das antigas mitologias, parece existir a "memória racial" de uma "origem racial" no Norte distante e, posteriormente, uma migração gradual para o Sul.

Da concepção de Bailly, parece ter surgido a idéia de uma origem remota da humanidade e da civilização no Norte, ou mais especificamente, da "raça branca" ou "ariana", identificada com "o mais puro fluxo de civilização", visto que os indianos se consideravam descendentes dos "arianos", que alguns europeus identificavam como os povos proto-indo-europeus de cujo idioma hipotético descendiam a maioria das modernas línguas indianas e europeias. Na Alemanha, uma certa Sociedade de Thule, fundada pelo ocultista maçom Rudolf von Sebottendorff (pseudônimo de Adam Alfred Rudolf Glauer) em 18 de agosto de 1918 como seção local da "Ordem Teutônica Walvater do Santo Graal". Esta era, por sua vez, uma dissidência da "Ordem Teutônica" (Germanenorden) criada em 1912 por ocultistas antissemitas.

Era uma entre várias organizações e filosofias ocultistas nordicistas e racistas, depois chamadas genericamente de "ariosofias", que surgiram na Alemanha a partir de 1890, das quais as mais conhecidas foram o Arminismo de Guido "von" List (que acreditava em runas, reencarnação e panteísmo) e a Teozoologia de Jörg Lanz von Liebenfels, segundo o qual a "raça ariana" havia se originado de um desaparecido continente nórdico chamado Arctogéia (Arktogäa, no original), ideia que também foi adotada por List. Segundo Joscelyn Godwin, Von Sebottendorff havia definido o objetivo da Germanenorden como criar uma comunidade espiritual chamada Halgadom, que abarcaria "todos os herdeiros da antiga Thule", da Espanha à Rússia.

A ordem Walvater ("Pai de Todos", um dos nomes de Wotan ou Odin), parece ter retomado a noção de uma Atlântida ártica, hiperbórea, como origem da “raça ariana”. Como René Guénon, que também via no extremo norte um símbolo de espiritualidade, Von Sebottendorff era admirador do sufismo e da astrologia. A sociedade de Thule manteve relações com Alfred Rosenberg, Rudolf Hess, Julius Streicher e Dietrich Eckart, alguns dos principais ideólogos do movimento nazista, ou pelo menos os hospedou. O jornalista Karl Harrer, que foi seu membro, tornou-se também um dos fundadores do partido nazista e seu presidente. Foi o dentista Friedrich Krohn, membro da Sociedade de Thule, que escolheu a suástica como símbolo do partido nazista. Entretanto, Adolf Hitler, que entrou no partido nazista logo após sua fundação, tomou a liderança a Harrer em 1920 e cortou os laços com a Sociedade de Thule. Em 1923, Von Sebottendorff foi expulso da Alemanha e a Sociedade que fundara foi dissolvida em 1925.

Em 1933, Von Sebottendorf retornou e escreveu um livro chamado Antes que Hitler Viesse (Bevor Hitler kam), no qual afirmava que sua Sociedade teria aberto o caminho para Hitler: "Foi aos membros da Sociedade de Thule que Hitler veio primeiro e foram eles os primeiros a se unir a Hitler". Em março de 1934 o livro foi proibido, autor foi preso em um campo de concentração e depois exilado na Turquia, onde se suicidou após a derrota dos nazistas. A partir de 1935, com uma lei "antimaçônica", os nazistas também puseram fora da lei todas as organizações esotéricas.

A maior parte do que se diz sobre as ideias dos nazistas históricos sobre Thule baseia-se em boatos. Alguns nazistas possivelmente acreditaram nelas ou em ideias mais ou menos análogas, mas nada indica que Adolf Hitler tivesse um interesse real no assunto, ou qualquer interesse no ocultismo além do que pudesse servir como propaganda antissemita. Permitia ao chefe da SS, Henrich Himmler devotar recursos não desprezíveis a essa pesquisa, mas zombava de suas obsessões ocultistas e as continha sempre que suas ideias neopagãs pudessem causar conflito com os militantes e simpatizantes do nazismo mais conservadores ou com as igrejas cristãs. Ainda assim, essas especulações tornaram-se um mito em si mesmas, principalmente depois da publicação de O Despertar dos Mágicos, de 1960. Segundo o livro, o general e ideólogo nazista Karl Haushofer teria acreditado que quando Thule (ou Hiperbórea) tornou-se inabitável, os arianos migraram para o sul. Um grupo foi para a Atlântida, onde se misturou com os lemurianos, que também haviam migrado para lá. Os descendentes desses arianos impuros voltaram-se para a magia negra e a conquista. O outro ramo passou pela América do Norte e pelo norte da Eurásia e fixou-se no atual deserto de Gobi, onde fundaram Agarthi. Segundo Jean-Claude Frère, que em 1974 publicou Nazisme et sociétés Secrètes, sobre o mesmo tema, a Sociedade de Thule identificava Agarthi com a Asgard da mitologia nórdica.

Depois de um cataclismo mundial, os arianos de Agarthi novamente dividiram-se em dois grupos. Um foi para o sul e fundou um centro secreto de saber sob o Himalaia, também chamado Agarthi, onde preservaram os ensinamentos da virtude e do vril. O outro grupo tentou retornar a Thule ou Hiperbórea, mas em vez disso fundou Shambhala, uma cidade de violência, maldade e materialismo. Agarthi seria a detentora do caminho da mão direita e do vril positivo, enquanto Shambhala guardaria o caminho da mão esquerda e da energia negativa. Os nazistas teriam buscado ajuda em ambas essas civilizações. Este cenário parece basear-se em grande parte nas idéias do nazista holandês Herman Wirth (1885-1981), que de 1935 a 1937 dirigiu a "Sociedade de Estudos da Ciência Intelectual Primordial da Herança Ancestral Alemã" (Studiengesellschaft für Geistesurgeschichte‚ Deutsches Ahnenerbe), grupo de estudos nazista sobre história antiga, de cuja fundação também participaram Himmler e o ministro da Agricultura Richard Walther Darré.

Em A Origem da Humanidade (Der Aufgang der Menschheit, 1928), Wirth escreveu que uma terra desaparecida no Ártico havia sido a pátria original da "raça nórdica-atlante" primordial e que, com seu congelamento, seu povo teria migrado para a Atlântida. Com o posterior afundamento dessa terra, seu povo teria emigrado para a América do Norte e a Europa. Para mais detalhes, leia Atland, nome dado à Atlântida no suposto manuscrito frísio medieval no qual se apoiavam as teses de Wirth. Em 1937, o arqueólogo alemão Edmund Kiss publicou o livro A Porta do Sol de Tiahuanaco e a Doutrina do Gelo Universal de Hörbiger, no qual escreveu que as ruínas de Tiahuanaco foram fundadas por habitantes de Thule há mais de 17 mil anos, conforme a especulação do engenheiro peruano Arthur Posnansky em 1911. Além disso, Kiss relacionou essa tese com a doutrina de Hörbiger (leia mais em Cosmogonia Glacial). Himmler planejou enviar Kiss de volta a Tihuanaco com uma equipe de pesquisadores da Ahnenerbe, mas a expedição foi cancelada pela irrupção da II Guerra Mundial.

Em O Rei do Mundo (Le Roi du Monde, de 1927), o ocultista francês René Guénon expressou a crença na existência literal de Thule como centro original da civilização humana, representada como um "Eixo do Mundo", uma "montanha sagrada": Quase toda tradição tem seu nome para essa montanha, tal como o Meru hindu, o Alborj persa e o Montsalvat da lenda ocidental do Graal. Há também a montanha árabe Qaf e a grega Olimpo, que em muitos aspectos tem o mesmo significado. Consiste de uma região que, como o Paraíso Terrestre, tornou-se inacessível à humanidade ordinária e que está além do alcance dos cataclismos que perturbam o mundo humano ao final de certos períodos cíclicos. Essa região é o autêntico "país supremo" que, de acordo com certos textos védicos e avésticos, estava originalmente situada no Pólo Norte, até mesmo no sentido literal da palavra. Embora possa mudar sua localização de acordo com as diferentes fases da história humana, ele continua a ser polar em um sentido simbólico porque essencialmente representa o eixo fixo em torno do qual tudo gira.

Segundo Guénon, os textos védicos chamam o país supremo de Paradesha, ou "Coração do Mundo". Seria a palavra da qual os caldeus formaram Pardes e os ocidentais, Paraíso. Há ainda outro nome, que seria ainda mais antigo: Tula, chamada pelos gregos Thule. Comum a regiões da Rússia à América Central, Tula representaria o estado primordial do qual o poder espiritual emanou. Ainda segundo Guénon, a Tula mexicana deve sua origem aos Toltecas que vieram, segundo se diz, de Aztlán, a "terra no meio da água", que é "evidentemente" a Atlântida. Trouxeram o nome de Tula de seu país de origem e o eram a um centro que consequentemente precisaria substituir, até certo ponto, o do continente perdido. Por outro lado, a Tula atlante precisa ser distinguida da Tula hiperbórea e a última representa o centro primeiro e supremo.

É preciso assinalar aqui que, na verdade, a lenda da origem em Aztlán não é do povo historicamente conhecido como tolteca e sim dos astecas, nome que lhes foi dado por historiadores precisamente em função dessa lenda e os astecas fundaram sua cidade em 1325, muito depois da queda dos toltecas, cujo império foi destruído por chichimecas no século XII. Aztlán era representada pelos astecas como uma ilha dentro de um lago continental e eles datavam o início de sua migração de 1064 d.C. A capital dos toltecas se chamou Tula, ou mais precisamente Tollán, "lugar das taboas", em náhuatl, com o sentido figurado de lugar onde as pessoas estão apinhadas como juncos. Mas os toltecas também não tinham a antiguidade que Guénon e Helena Blavatsky lhes atribuía, iludidos pelas crenças dos astecas, que atribuíam todas as construções anteriores a seu tempo aos mesmos "toltecas" (palavra que significa "construtor"). Sua civilização surgiu no século X, muito depois de outras civilizações mexicanas, como a dos olmecas e de Teotihuacán.

Vril

Uma das sociedades de ocultismo mais sinistra da História, criada a mais de 100 anos e mantida em segredo até os dias de hoje. Conta à lenda que os membros originais acreditavam que poderiam viver em baixo da terra, ou voar até as estrelas usando o poder de uma substância misteriosa chamada “Vril”, eles acreditavam que um dia dominariam o mundo, e acreditem, chegaram muito perto disso. Esse grupo bizarro estava dentro do partido Nacional Socialista, ou o famoso “Partido Nazista”, e como acontece com muitas sociedades secretas, têm remanescentes ainda hoje. As lendas por trás das sociedades secretas são apavorantes, mas as vezes, a realidade é ainda pior que a lenda. Sempre houve sociedades secretas ao longo da história, algumas voltadas para fazer o bem, outras já nem tanto, e no caso da Sociedade Vril, a verdade é perturbadora, pois não era lá um grupo bem intencionado. Fundada antes da segunda Guerra Mundial, a sociedade Vril é ainda hoje uma das mais misteriosas sociedades alemãs, dentre seus membros, havia muitos homens da cúpula do partido nazista, como Hermann Goering, Heinrich Himmler, e até Adolf Hitler.

O objetivo dessa sociedade, em suma seria assegurar e confirmar a supremacia da raça Ariana, só que antes mesmo do Nazismo existir, os ocultistas Vril trabalhavam em total segredo fazendo qualquer coisa para garantir o poder Ariano. Uma vez emersos nessa sociedade obscura, faziam desde assassinatos políticos, evocação de espíritos, orgias sexuais e o mais sinistro, sacrifícios humanos. Essa prática bizarra dos membros da Sociedade Vril teve seu auge no fim da Primeira Guerra Mundial, onde na Bavária, várias crianças ilegítimas ou órfãs foram abrigadas vindas de lugares devastados pela Guerra, crianças essas, cujo sumiço não seria percebido. A crença diz que o Vril vindo de uma criança era o mais concentrado e poderoso do que qualquer outra fonte, as crianças eram vistas como portais entre os mundos Astral e Material de um modo que os adultos não eram, seriam elas, portanto, vítimas ideais para o sacrifício humano.

A energia Vrill era eminentemente telúrica, oferecendo capacidades aos seus seguidores; a capacidade de curar ou ferir pessoas, levantar objetos e por fim a elevação dos próprios para outra dimensão de nível superior. Esta energia Vrill era alcançada através da meditação, orgias sexuais, e até sacrifícios de crianças. Consideravam-se Seres superiores capazes de feitos inimagináveis e tudo acontecia em subterrâneos. Quando os Nazistas se aperceberam deste suposto poder, apoderaram-se do conceito da seita e exuberaram com as suas práticas. Esse conceito bizarro do “Vril” foi tirado de um livro de ficção científica de 1871, em um livro chamado “The Coming Race”, ou ( A Raça do Futuro ), escrito por Edward Bulwer Lytton. Nesse livro, Lytton descreve uma raça chamada “Vrilia”, que teria, segundo ele, o completo domínio da força Vril.

Era pura ficção científica, mas ganhou adeptos à teoria do Vril, mesmo porque, ficção científica nesse período da História era um poderoso fenômeno popular de massa, em 1871, esse ramo de leitura era algo tido como tão original que pessoas levavam isso a crença factual do que imaginária. Lytton ainda diz em seu livro, que esses super seres, os “Vrília”, com o domínio da força “Vril”, teriam o poder de fazer quase tudo, curar doenças ou destruir nossa humanidade conhecida em um piscar de olhos. O protagonista da estória descobre no entanto que, uma criança detentora da força Vril poderia destruir uma cidade inteira. O Livro de Lytton, A Raça do Futuro, em vários aspectos foi o precursor de, pelo menos, algumas das ideologias que culminaram com a “Solução Final”. Pode parecer uma dessas teorias de mesa de bar, ou matéria de Jornais Sensacionalistas, mas de fato, a Sociedade Vril era mesmo, conscientemente dedicada a serviço do mal, e pelo impacto que teve nos fundadores do Partido Nazista, iria se disseminar nas pessoas que iriam capitanear o regime mais cruel do século XX.

Muitas fontes afirmam que a sociedade nasceu em 1918, em reuniões secretas próximo a cidade Bávara de Berchtesgaden, foi criada então a sociedade Germânica de Metafísica, nomeada mais tarde por sociedade Vril. Criada originalmente por dois homens, sendo um desses fundadores o filho de maquinista, chamado Adam Alfred Rudolf Glauer, que mais tarde viria a ser conhecido como Rudolf Von Zebottendorff, apesar de ser de origem humilde Adam foi muito ativo nos círculos ocultistas, ele era maçom e alquimista, e havia fundado o grupo anterior, a Sociedade Thule, onde a energia Vril também era cultuada e que também teve Hitler como membro O outro homem a quem se credita a fundação da sociedade Vril foi Dietrich Eckhart, viciado em morfina e dotado de um poder de persuasão hipnótico anti-semita. Eckhart foi o amigo mais próximo de Hitler entre os anos de 1918 à 1923, quando veio a falecer. Ele acreditava que estava preparando o terreno para o salvador da Alemanha, ele era acalmado por uns como um gênio e por outros tantos como louco, passou grande parte da vida entrando e saindo de manicômios espalhados pela Alemanha, era tão obcecado pelo poder que se autodenominava “Profeta João Batista”, fazendo alusão ao profeta bíblico que pavimentou a estrada para o verdadeiro messias.

Eckhart foi também uma das principais mentes na criação do Partido Nazista, ele via Hitler como um messias, um homem santo que viria a salvar o povo alemão. Ele deu mais ênfase em sua teoria de “Messias Alemão” quando se consultou com uma médium que afirmava que “quando estava em transe viu uma aparição, que tomou forma ao sair de sua vagina e que seria o novo messias alemão, e teria o nome de Adolf Hitler”. Misteriosamente, em dois anos, esse grupo de nacionalistas alemães se tornaria a “Elite”, a cúpula do partido nacional socialista, e muitos de seus líderes eram membros da sociedade Vril, como:

Herman Goering: Comandante da Luftwaffe, que dentro outros devaneios, acreditava que Jesus não era Judeu, e sim “Ariano”. Rudolf Hess: Representante de Hitler no partido Nazista, esse por sua vez, acreditava em tudo, até que dormir com imãs sob a cama afastaria emanações nocivas. Martin Bormann: Chefe da chancelaria do partido nazista, declaradamente satanista, Bormann era taxativo quanto a sua vontade de exterminar o Cristianismo e o Judaísmo, ele dizia que via o Cristianismo como “Perversão Judaica”. E por fim, mas não menos importante Adolf Hitler: Talvez, o mais malandro de todos os mencionados acima, pois tirou proveito da sociedade para atender seus próprios objetivos, Hitler tirou proveito do momento de Frenesi que vivia o ocultismo naquela época, manipulando os membros loucos dessa sociedade como bem quis, nenhum dos membros chegava a seus pés em crueldade, e porque não, inteligência.

Para Hitler, a Sociedade Vril e todo o interesse pelo ocultismo da época eram só uma ferramenta para chegar ao topo, mas Hitler tinha suas próprias crenças ocultas. Muitos acreditam que seu primeiro contato com o Ocultismo aconteceu muito antes da Primeira Grande Guerra, em Viena (Áustria) quando conheceu um bizarro homem chamado Jörg Lanz Von Liebenfels, ele era obcecado pelo Ocultismo Ariano, frequentador da cidade de Carnuntum, onde os Alemães derrotaram os romanos no século I. Liebenfels publicava uma revista chamada Ostara, onde explanava suas ideias de uma religião nova nomeada Ariosofia, recheada de divagações sobre raça e de uma ideia bizarra ocultista. Hitler era um leitor assíduo dessas publicações, nas quais Liebenfels defendia que Judeus deveriam ser mortos, pelo simples fato de serem Judeus. Com essas idéias maturando na cabeça, Hitler estava cada vez mais perto do Vril, do Partido Nazista e da Solução Final.

A influência da Sociedade Vril na história moderna teve uma proporção gigantesca, de 1888 à 1920, centenas de sociedades secretas foram criadas e transformadas, e geraram subgrupos ainda mais secretos, alguns perigosamente nacionalistas, com a “Mão Negra”. Foi atribuída a Mão Negra o assassinato do Arquiduque Austríaco Francisco Fernando em 1914, desencadeando de forma singular a Primeira Guerra Mundial. Os 30 anos que antecederam a criação da Sociedade Vril foram marcados pela solidariedade racial e pelo ocultismo, ocultismo esse que dominava o pensamento de praticamente todas as classes sociais no fim do século XIX, domínio esse atribuído a uma grande mística desse século, chamada Madame Helena Blavatsky. Fundadora da Sociedade Teosófica, em 1875 e se transformou em uma referência no campo do Ocultismo, com seu livro, “A Doutrina Secreta” escrito em 1885, foi o primeiro do gênero a combinar ciência com religião, influenciou ativamente a criação de diversas sociedades posteriores, incluindo a Sociedade Vril, principalmente pelo fato de Madame Blavatsky ter escrito que pessoas da raça “Raiz Ariana” termo que significava “nobre”, e que teriam estes vindos como descendentes diretos do povo Atlantis.

Os Cavaleiros do Círculo Dourado

Os Cavaleiros do Círculo Dourado ou Knights of the Golden Circle (KGC), reorganizado em 1865, como A Ordem dos Filhos da Liberdade foi uma sociedade secreta fundada originalmente para promover os interesses do sul dos Estados Unidos. Alguns pesquisadores acreditam que o objetivo do KGC era preparar o caminho para a anexação de um "círculo dourado" dos territórios do México, América Central e Caribe para a inclusão nos Estados Unidos como Estados escravos. Os KGC recrutaram a maioria de seus membros na Sudoeste dos EUA, Texas, Território do Novo México e Califórnia. Durante a Guerra Civil Americana, alguns simpatizantes do Sul, em estados do Norte, como Ohio, Indiana e Iowa, foram acusados ​​de pertencer aos Cavaleiros do Círculo Dourado. Em 1863, vários cidadãos e políticos atuantes em áreas limítrofes ao norte do rio Ohio eram membros KGC ou estavam em outras organizações similares que foram influenciadas.

Alguns historiadores e teóricos da conspiração afirmam que ao final da guerra civil os KGC se tornaram de fato uma sociedade secreta. Antes as ações e atuação do grupo eram explícitas e de conhecimento geral, mas após o final da guerra eles acabaram se recolhendo e agindo nos bastidores. Uma dessas teorias afirma que os Cavaleiros do Círculo Dourado agiram por muitos anos tentando dar vida a uma nova revolta separatista. Segundo o programa  "America Unearthed: episódio "Secret Assassins de Lincoln", do History Channel, o famoso bandido  James-Younger Gang, teria contribuído com grande quantidade de dinheiro oriunda de seus saques, para que houvesse a Segunda Guerra Civil Americana, porém nenhuma evidência indiscutível foi apresentada. Nesse episódio o programa fala também das suspeitas de que o atentado que tirou a vida de Lincoln teria sido planejado pela ordem dos Cavaleiros do Círculo Dourado. Fala-se que membros KGC enterraram moedas de ouro que seriam usadas para financiar essa segunda guerra civil, em diversos estados Norte Americanos. Não se sabe se a ordem deixou de existir ao longo dos anos, ou se ela continua agindo nos bastidores.

Sociedade Teosófica

A Sociedade Teosófica (S.T.) surgiu a partir de uma primeira reunião em sete de setembro de 1875, na cidade de Nova Iorque, e teve sua primeira ata lavrada no dia seguinte, tendo como principais fundadores Helena Blavatsky, o coronel Henry Olcott, indicado seu primeiro presidente, e William Judge, primeiro secretário, num total de 16 membros fundadores. O discurso inaugural foi realizado pelo Presidente fundador Olcott em 17 de novembro, data que é considerada oficial de fundação da S.T. Alguns anos após a morte de Helena Blavatsky, uma das fundadoras e membro de mais influência, ocorreram conflitos internos que desencadearam em alguns minúsculos grupos dissidentes da sociedade. Por exemplo, a parte de dissidentes da Sociedade Teosófica dos Estados Unidos tornou-se independente e foi dividida em duas.

A Sociedade Teosófica foi fundada para promover os ensinamentos antigos de teosofia, a sabedoria relacionada ao divino que era a base de outros movimentos do passado, como o neoplatonismo, o gnosticismo, e as Escolas de Mistérios do mundo clássico. Os objetivos da Sociedade Teosófica hoje são formar um núcleo da Fraternidade Universal da Humanidade, sem distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor; encorajar o estudo de Religião comparada, Filosofia e Ciência; investigar as leis não explicadas da Natureza e os poderes latentes no homem.

A Sociedade não impõe nenhuma crença sobre seus membros, que se unem espontaneamente pelo objetivo comum de buscar a Verdade e o desejo de aprender o significado e propósito da existência, dedicando-se ao estudo, reflexão, pureza de vida e serviço voluntário. Não há pré-requisitos nem limitações para qualquer um associar-se, porém o candidato deve declarar se identificar com ao menos um dos objetivos da sociedade. A Sociedade enfatiza a liberdade de pensamento, de pesquisa e de debate. O lema da Sociedade foi inspirado no do Marajá de Benares, Satyât nâsti paro Dharma, traduzido como Não há Religião superior à Verdade, embora a palavra original Dharma tenha uma riqueza de significados muito mais extensa do que o termo religião, incluindo dever, direito, justiça e virtude. Além de ser uma escola de filosofia e um promotor de trabalho humanitário, a S.T. tem não obstante um lado religioso, uma vez que busca disseminar doutrinas sobre mundos transcendentes tomadas como verdadeiras por muitas religiões do passado e do presente.

Ordo Templo Orientis

Sociedade Ordo Templi Orientis é uma organização ocultista, cujas primeiras atividades se deram em 1895 e possivelmente fundada oficialmente em 1906 por Franz Hartmann e Theodor Reuss, logo após a morte de Karl Kellner, que teria sido um dos precursores do estudo da ordem. Em 1912, Reuss no periódico Oriflamme teria dito que a Ordem tinha posse do grande segredo Hermético, sendo que após a morte do próprio em 1924, Heirich Tränker teria feito de tudo para ter esse pretenso segredo, embora o fato de estar em poder da (O.T. O), seja muito duvidoso.

Em 1925, Aleister Crowley, tempos depois de ser expulso da Golden Dawn reformulou a Ordo Templi Orientis, tornando ela uma das principais representantes do movimento telêmico. Aleister Crowley descreveu o grupo em seu livro The Book of the Law, inclusive a Lei de Thelema. De acordo com Crowley, o motto da Ordem era Faça o que você quiser, este será toda a Lei. A O.T.O. representa a exteriorização e confluência de divergentes correntes de sabedoria e conhecimento esotérico, que eram originalmente divididas e guiados à contracultura pela intolerância política e religiosa durante as idades negras. Ela remete às tradições dos movimentos Maçônicos, Rosacruciano e Iluminista dos Sécs. XVIII e XIX, às cruzadas dos Cavaleiros Templários da Idade Média, ao recente Gnosticismo Cristão e às Escolas Pagãs de Mistérios. Seu simbolismo contém uma reunificação das tradições ocultas do Ocidente e do Oriente, e a resolução destas tradições permitiu-a reconhecer o verdadeiro valor da revelação do Livro da Lei de Aleister Crowley.

A (O.T.O.) também é conhecida genericamente como integrante do círculo de sociedades secretas germânicas. A Loja Agapé N° 1 foi fundada em 1915, em Vancouver (Colúmbia Britânica/Canadá), sob a autoridade de Jones e Crowley. Nos anos 30, Wilfred Talbot Smith (1885 — 1957), um membro patenteado da Loja Agapé N° 1 mudou-se de Vancouver com instruções de Crowley para trabalhar com Jane Wolfe (1975 — 1958), que havia sido uma estudante de Crowley em Cefalú, de modo a estabelecer a Loja Agapé N° 2 em Los Angeles (Califórnia/EUA). Smith e Wolfe uniram um grupo em Hollywood, Califórnia, e, juntamente com Regina Kahl (1891 — 1945), começaram a celebrar a Missa Gnóstica semanalmente em um domingo, 19 de março de 1933. A Loja Agapé N° 2 teve seu primeiro encontro em 1935 e contribuiu grandemente com os esforços de Crowley para suas publicações. Crowley apontou Smith (Ramaka) como X° para os E.U.A, posteriormente a Loja Agapé N° 2 mudou-se para Pasadena, Califórnia, e foi liderada por John W. "Jack" Parsons (Belarion, 1914 — 1952), um respeitado engenheiro químico e pioneiro aeroespacial. Parsons foi um dos fundadores tanto do California Institute of Technology's Jet Propulsion Laboratory (Laboratório de Propulsão a Jato do Instituto de Tecnologia da Califórnia) quanto do Aerojet General (Laboratóro Aerojato Geral, do Instituto de Tecnologia da Califórnia).

Clube de Bilderberg

A conferência de Bilderberg, também chamado grupo ou clube de Bilderberg, é um encontro, geralmente anual, não oficial, do qual participam, no máximo, 150 convidados, escolhidos entre personalidades influentes no mundo empresarial, acadêmico, midiático ou político. Segundo o site oficial da organização, a conferência é um fórum de discussão informal acerca de grandes tendências e questões mundiais. Os encontros ocorrem sob a regra de Chatham House, isto é, os participantes são livres para usar as informações recebidas durante a reunião, mas não podem revelar a identidade ou a afiliação de quem as deu. Não existe uma agenda detalhada da reunião, nenhuma resolução é proposta, não há votações, e, após o encontro, nenhuma declaração política é divulgada.

Os participantes são personalidades líderes políticos, personalidades ligadas à indústria, ao mundo das finanças, à academia ou a grandes grupos de comunicação. Cerca de 70% deles são europeus, e o restante, da América do Norte. Cerca de 30% são políticos ou atuam na área governamental. Dado que as discussões envolvem personalidades públicas mas não publicadas, esses encontros anuais são alvo de críticas e suscitam várias teorias da conspiração, tais como a defendida pelo jornalista lituano Daniel Estulin no livro O Clube de Bilderberg. Os organizadores da conferência explicam que o sigilo é necessário para garantir aos participantes maior liberdade de expressão, sem o risco de que suas opiniões sejam deturpadas pela mídia.

O grupo se reúne anualmente em diferentes partes do mundo, em um hotel ou resort de luxo, geralmente na Europa, e, uma vez a cada quatro anos, nos Estados Unidos ou no Canadá. Existe um escritório em Leiden, nos Países Baixos. Os nomes dos participantes são publicados através da imprensa, embora a conferência seja fechada ao público e à imprensa. Em 2014, a 62ª conferência de Bilderberg foi programada para o período de 29 de maio a 1º de junho, no Hotel Marriott de Kopenhagen, Dinamarca.

A denominação do grupo deriva do Hotel de Bilderberg, situado na província de Gueldres, nos Países Baixos, local onde ocorreu a primeira reunião, em 1954. Muitos participantes são frequentadores regulares, sendo eventualmente referidos como membros de uma sociedade secreta. A ideia da reunião foi dada pelo conselheiro político polonês Józef Retinger. Preocupado com o crescimento do antiamericanismo na Europa Ocidental, ele propôs uma conferência internacional em que líderes de países europeus e dos Estados Unidos pudessem se reunir com o propósito de promover a discussão crítica entre as culturas dos Estados Unidos e Europa Ocidental.

Retinger se aproximou do príncipe consorte dos Países Baixos Bernardo de Lippe-Biesterfeld, que concordou em promover a ideia, em conjunto com o primeiro-ministro da Bélgica, Paul van Zeeland. A lista de convidados deveria constituir-se de dois participantes de cada país, representando pontos de vista liberais e conservadores (ambos os termos utilizados no sentido adotado nos Estados Unidos), respectivamente. Cinquenta delegados de onze países da Europa Ocidental participaram da primeira conferência, juntamente com onze americanos.

O sucesso da reunião levou os organizadores a promoverem conferências anuais. Um comitê executivo foi criado, sendo que Retinger foi indicado como secretário permanente. Além de organizar a reunião, o comitê criou um arquivo contendo os nomes dos participantes e informações para contato, com o objetivo de estabelecer uma rede informal através da qual essas pessoas pudessem se comunicar entre si com privacidade. O propósito declarado do Grupo Bilderberg foi estabelecer uma linha política comum entre os Estados Unidos e a Europa Ocidental.

O economista holandês Ernst van der Beugel se tornou secretário permanente em 1960, após a morte de Retinger. Príncipe Bernardo continuou a ser o presidente das conferências até 1976, ano em que se envolveu no escândalo da Lockheed, que consistiu no envolvimento em processos relativos a recebimento de suborno para favorecer a empresa norte-americana em contratos de compra dos jatos F-104 Starfighter em detrimento dos Mirage 5. Não houve conferência naquele ano, mas os encontros voltaram a ocorrer em 1977, quando Alec Douglas-Home, ex-primeiro-ministro britânico, assumiu a presidência. Na sequência, vieram Walter Scheel, ex-presidente da Alemanha; Eric Roll, ex-presidente do banco SG Warburg, e Lord Carrington, ex-secretário-geral da OTAN.

A intenção inicial do Clube de Bilderberg era promover um consenso entre a Europa Ocidental e a América do Norte através de reuniões informais entre indivíduos poderosos. A cada ano, um "comitê executivo" recolhe uma lista com um máximo de 100 nomes com possíveis candidatos. Os convites são enviados somente a residentes da Europa e América do Norte. A localização da reunião anual não é secreta, e a agenda e a lista de participantes são facilmente encontradas pelo público, mas os temas das reuniões são mantidos em segredo e os participantes assumem um compromisso de não divulgar o que foi discutido. A alegação oficial do Clube de Bilderberg é de que o sigilo preveniria que os temas discutidos, e a respectiva vinculação das declarações a cada membro participante, estariam a salvo da manipulação pelos principais órgãos de imprensa e do repúdio generalizado que seria causado na população. Algumas teorias dizem que o Clube Bilderberg tem o propósito de criar um governo totalitário mundial. A alegada justificativa do grupo pelo sigilo é que isso permite que os participantes falem livremente sem a necessidade de ponderar cuidadosamente como cada palavra poderia ser interpretada pelos órgãos de comunicação de massa. Alguns, entretanto, consideram a natureza elitista e secreta das reuniões como antiético em relação aos princípios da inclusão em sociedades democráticas.

Participantes do Bilderberg incluem membros de bancos centrais, especialistas em defesa, barões da imprensa de massa, ministros de governo, primeiros-ministros, membros de famílias reais, economistas internacionais e líderes políticos da Europa e da América do Norte. Alguns dos líderes financeiros e estrategistas de política externa do Ocidente participam do Bilderberg. Donald Rumsfeld é um Bilderberger activo, assim como Peter Sutherland, da Irlanda, um ex-comissário da União Europeia e presidente do Goldman Sachs e British Petroleum. Rumsfeld e Sutherland compareceram em conjunto em 2000 na câmara da companhia de energia suíço-sueca ABB. A jornalista Clara Ferreira Alves, o político e professor universitário Jorge Braga de Macedo e Francisco Pinto Balsemão são três exemplos portugueses. O ex-secretário de defesa dos Estados Unidos e atual presidente do Banco Mundial Paul Wolfowitz também é um membro, assim como Roger Boothe Jr. O atual presidente do grupo é Etienne Davignon, empresário e político belga.

Majestic-12

Majestic-12 ou Majic 12 (às vezes escrito simplesmente como MJ-12 ou MJ-XII) é um nome código de um suposto comitê que englobaria cientistas de alto nível, líderes militares e altos funcionários do governo norte-americano, criado supostamente em 1947 e dirigido pelo então presidente dos Estados Unidos Harry S. Truman. Teria por finalidade investigar a atividade dos objetos voadores não identificados (OVNIs) no chamado "Caso Roswell", onde supostamente uma nave espacial alienígena teria caído próximo a localidade de Roswell, no Novo México-EUA, em Julho de 1947. Este alegado comité seria responsável pela divulgação de diversas teorias, cuja finalidade seria a ocultação de diversos acontecimentos decorrentes da ação dos OVNIs.

Investigações do FBI e uma análise independente de Joe Nickell, proeminente investigador cético de fenômenos paranormais, provaram que os documentos são completamente falsos. Uma das maiores evidências disso é que foi encontrada uma carta original do Presidente Henry Truman, de 1 de outubro de 1947, cuja assinatura foi fotocopiada e reproduzida pelo(s) falsário(s)nos documentos MJ-12.

Os seus membros seriam: Alm. Roscoe H. Hillenkoetter, Dr. Vannevar Bush, James Forrestal, Gen. Nathan Twining, Gen. Hoyt Vandenberg, Gen. Robert M. Montague, Dr. Jerome Hunsaker, Rear Adm. Sidney Souers, Gordon Gray, Dr. Donald Menzel, Dr. Detlev Bronk e Dr. Lloyd Berkner. De acordo com outras fontes, alguns cientistas famosos, como é o caso de Albert Einstein, também estavam envolvidos no MJ-12.

Comissão Trilateral

Comissão Trilateral é um fórum de discussão privado fundado em julho de 1973 por iniciativa de David Rockefeller. A primeira reunião do comitê executivo foi em Tóquio em outubro de 1973. Em maio de 1975, a primeira reunião plenária de todos os grupos regionais da comissão foi realizada em Quioto. Atualmente, consiste de aproximadamente 300 a 350 cidadãos da Europa, Ásia/Oceania e América do Norte e existe para promover cooperação política e econômica mais íntima entre tais áreas.

O elenco de membros é dividido em quantidades proporcionais para cada uma das três áreas regionais. Os membros incluem presidentes de corporações, políticos dos maiores partidos, acadêmicos reconhecidos, presidentes de universidades, líderes de uniões de trabalhadores e ONG's envolvidas em filantropia exterior. Membros que adquirem cargo no governo de seus países têm de resignar da comissão. A América do Norte é representada por 107 membros (15 do Canadá, 7 do México e 85 dos Estados Unidos). O grupo europeu atingiu seu limite de 150 membros, incluindo cidadãos de: Áustria, Bélgica, Cipro, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Países Baixos, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Rússia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Turquia e Reino Unido.

Inicialmente, Ásia e Oceania estavam representadas apenas pelo Japão. No entanto, em 2000, o grupo japonês de 85 membros expandiu-se, tornando-se o grupo da Ásia do Pacífico, composto por 117 membros: 75 do Japão, 11 da Coreia do Sul, 7 da Austrália e da Nova Zelândia e 15 membros da ASEAN (Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura e Tailândia). O grupo inclui ainda 9 membros da China, de Hong Kong e de Taiwan.

Ordem Soberana e Militar de Malta

A Ordem de Malta ou Cavaleiros Hospitalários (oficialmente Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta) é uma organização internacional católica que começou como uma ordem beneditina fundada no século XI na Palestina, durante as Cruzadas, mas que rapidamente se tornaria numa ordem militar cristã, numa congregação de regra própria, encarregada de assistir e proteger os peregrinos àquela terra[2] e de exercer a Caridade.

Tinha como padroeiro São João Esmoler (550-619), patriarca de Alexandria.Face às derrotas e consequente perda pelos cruzados dos territórios na Palestina, a ordem passou a operar a partir da ilha de Rodes, onde era soberana, e mais tarde desde Malta, como Estado vassalo do Reino da Sicília. Atualmente, a Ordem de Malta é uma organização humanitária soberana internacional, reconhecida como entidade de direito internacional. A ordem dirige hospitais e centros de reabilitação. Possui 12.500 membros, 80.000 voluntários permanentes e 20.000 profissionais da saúde associados, incluindo médicos, enfermeiros, auxiliares e paramédicos. Seu objetivo é auxiliar os idosos, os deficientes, os refugiados, as crianças, os sem-teto e aqueles com doença terminal e hanseníase (esta a par com a Ordem de São Lázaro), atuando em cinco continentes do mundo, sem distinção de raça ou religião.

Opus Dei

Opus Dei (“Obra de Deus”, em latim) é uma instituição pertencente à Igreja Católica, que se intitula como uma ferramenta evangelizadora da igreja, com o objetivo de santificar o trabalho cotidiano das pessoas sob as condutas de uma vida cristã. Também conhecida por Prelazia da Santa Cruz e Opus Dei, esta organização religiosa é classificada como uma prelazia pessoal pela Igreja Católica, ou seja, uma estrutura institucional formada por diferentes categorias (leigos, clérigos e prelado), que visa o fomento de determinadas atividades pastorais.

A Opus Dei foi fundada por São Josemaría Escrivá de Balaguer, em 2 de Outubro de 1928, em Madrid, na Espanha. Josemaría Escrivá foi canonizado em 2002, passando a ser reconhecido como um santo pela Igreja Católica. De acordo com os princípios divulgados pela Opus Dei, os seus sócios – homens ou mulheres - não precisam abandonar as suas profissões para se dedicar exclusivamente ao trabalho pastoril, muito menos alterar o estado civil, ou seja, podem participar pessoas casadas, solteiras e viúvas.

Além das chamadas “pessoas leigas”, a Opus Dei também é aberta àqueles que seguem uma vida sacerdotal, no entanto, de acordo com estatísticas da instituição, mais de 90% dos membros são leigos.

Os membros da Opus Dei são basicamente divididos em duas classes: os supernumerários e os numerários. Os supernumerários formam grande parte dos atuais sócios da instituição religiosa. Por norma, são pessoas casadas e com profissões estáveis, que separam parte do dia para fazer orações, comparecer em reuniões e retiros espirituais. Os numerários são os homens e mulheres que se dedicam exclusivamente ao celibato, vivendo para servir totalmente aos objetivos apostólicos da Opus Dei.

No Brasil, a Opus Dei foi instituída a partir de 1957, sendo a primeira sede em terras brasileiras construída na cidade de Marília, no estado de São Paulo. Existem diversas teorias da conspiração que envolvem a Opus Dei, conferindo o sentido de sociedade secreta ou seita, que utiliza a religião como ferramenta para executar seus interesses pessoais.

Alguns relatos de ex-sócios descrevem torturas sexuais que eram praticadas na Opus Dei, com o intuito de inibir prováveis prazeres sexuais dos homens e mulheres. Os numerários seriam vítimas de regras rígidas e extremamente autoritárias, sendo proibidos de visitar seus familiares, por exemplo. Alguns depoimentos relatam o desenvolvimento de sérios problemas mentais e alucinações provocadas pelas constantes torturas psicológicas que alguns membros da Opus Dei sofriam.

Algumas teorias consideram a maçonaria como inimiga da Opus Dei, no entanto, existem outras suposições que alegam serem as duas aliadas ou parceiras em busca de um objetivo em comum. A Opus Dei é uma instituição que pertence exclusivamente à Igreja Católica, composta por trabalhadores e membros do clero. A maçonaria, por sua vez, foi criada no começo do século XVIII e é conhecida por ser composta por brilhantes e influentes personalidades da sociedade. A Opus Dei é considerada por algumas pessoas como a “maçonaria branca”, devido a aura de sociedade secreta que acomete todos os seus membros.

Rosa-cruz

Rosa-cruz é uma confraria de iluminados existente na Alemanha a partir do século XVI e difundida pelos países vizinhos no século XVII, quando ficou publicamente conhecida através de três manifestos. Insere-se na tradição esotérica ocidental. Esta confraria hermética é vista por muitos rosacrucianistas antigos e modernos como um "Colégio de Invisíveis" nos mundos internos, formado por grandes adeptos, com o intuito de prestar auxílio à evolução espiritual da humanidade. Alguns metafísicos consideram que o rosa-cruzismo possa ser compreendido, de um ponto de vista mais amplo, como parte, ou mesmo como fonte, do hermetismo cristão, patente no período dos tratados ocidentais de alquimia que se segue à publicação da Divina Comédia de Dante. Alguns historiadores, no entanto, sugerem a sua origem num grupo de protestantes alemães, entre os anos de 1607 e 1616, quando três textos anónimos foram elaborados e lançados na Europa: Fama Fraternitatis R.C., Confessio Fraternitatis Rosae Crucis e Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz Ano 1459. A influência desses textos foi tão grande que a historiadora Frances Yates denominou este período do século XVII de Iluminismo Rosacruz.

O Priorado de Sião

O Priorado de Sião (em francês: Prieuré de Sion) é um grupo de variadas sociedades tanto verídicas como falsas, das quais se destaca uma sociedade fraternal francesa fundada em 1956 por Pierre Plantard. De acordo com as divulgações de Pierre Plantard recolhidas pelos autores anglo-saxónicos Henry Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh e publicadas na obra The Holy Blood and the Holy Grail em 1982, o Priorado de Sião seria uma sociedade secreta fundada em Jerusalém no ano de 1099 e que jurara proteger um segredo acerca do Santo Graal, entendido por estes autores como uma hipotética descendência humana de Jesus Cristo. O Priorado de Sião se tornou assunto de controvérsia histórica e religiosa durante as décadas de 1960 e 1980. Durante o período de 1980 foi alegado pelo próprio Plantard que o Priorado não passava de uma conspiração com o objetivo de restaurar a monarquia francesa, porém muitos teólogos e historiadores persistem em crer que há um segredo sob o Santo Graal que envolve o Priorado.

Ordem dos Templários

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim: "Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici"), conhecida como Cavaleiros Templários, Ordem do Templo (em francês: Ordre du Temple ou Templiers) ou simplesmente como Templários, foi uma ordem militar de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.

Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges, usavam mantos brancos com a característica cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local onde originalmente se estabeleceram (o monte do Templo em Jerusalém, onde existira o Templo de Salomão, e onde se ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa) e do voto de pobreza e da fé em Cristo denominaram-se "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".

O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimônia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de França - também conhecido como Felipe, O Belo - profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar o papa Clemente V a tomar medidas contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França foram detidos e queimados publicamente. Em 1312, o papa Clemente dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infraestrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que mantêm o nome dos templários vivo até aos dias atuais.

Clube dos Capelos

O Clube dos Capelos foi fundado na Virgínia, Estados Unidos, em 1750. O nome original da sociedade é FHC, porém as pessoas não sabiam dizer quais eram os significados dessa sigla por isso costumavam chamar o grupo de Clube dos Capelos. Se você não está lembrado, capelos são aqueles chapéus planos que utilizamos em nossas formaturas. Todos os integrantes do grupo vestiam capelos durante as reuniões, fato que deu origem ao apelido do grupo. Certas pessoas dizem que FHC é um acrônimo de “Fraternitas Humanitas Cognitioque”, que quer dizer em português “Fraternidade, Humanidade e Conhecimento”, respectivamente. As atividades do grupo não são conhecidas, porém sabe-se que discussões filosóficas e políticas eram um dos motes do grupo. O integrante mais famoso, Thomas Jefferson, escreveu em uma carta que de nada lhe serviu participar do tal Clube dos Capelos.

Sociedade dos Sete

Na Universidade de Virgínia, um grupo conhecido como Sociedade dos Sete é, ironicamente, o mais popular de todo campus. Ninguém sabe ao certo quando ou como a sociedade foi fundada. O primeiro ato do grupo foi em 1905, quando um número sete gigante foi pintado nos jardins do campus. Desde então, a Sociedade dos Sete tem financiado diferentes tipos de projetos para a Universidade de Virgínia. Eles já compraram materiais para as construções do campus e dão prêmios aos alunos de maior destaque. Ser membro da Sociedade dos Sete é algo tão secreto que os nomes dos associados só são divulgados quando eles morrem. Quando algum dos membros falece, uma coroa de magnólias negras, no formato de um sete, é colocada no túmulo encontrado na capela do campus. Então os sinos tocam sete vezes, cada som com um intervalo de exatos sete segundos. Além de ajudar os estudantes da Universidade da Virgínia, não se sabe quais são as outras atividades do grupo.

Ordem dos Sangues de Touro

A Ordem dos Sangues de Touro foi fundada por cinco amigos em 1934, na Universidade de Rutgers, em Nova Jersey. É uma fraternidade conhecida pelas fortes pegadinhas para provar o comprometimento dos novos membros, como roubar itens das universidades rivais. Em 2001, Spencer Ackerman, ex-estudante da Universidade de Rutgers, escreveu um artigo intitulado “Sociedade Degenerada”, revelando como ele foi convidado para participar da Ordem dos Sangues de Touro e por que disse não. As atividades do grupo permanecem um mistério.

Sociedade dos Corvos

Originalmente conhecida como “Eucleian Society”, esse grupo foi fundado por 16 estudantes da Universidade de Nova York, em 1832. As reuniões funcionavam como um clube de literatura e de discussão política. A Sociedade dos Corvos possui esse apelido devido à grande influência do escritor Edgar Allan Poe, um dos frequentadores mais assíduos do grupo. Alguns dos membros da sociedade eram conhecidos, enquanto outros permaneciam em extremo segredo,  assim como as atividades internas dos integrantes. Diversos documentos e anotações dos membros com informações das reuniões foram destruídos quando a Sociedade dos Corvos ganhou um maior destaque. Os ideais dos integrantes eram progressistas e permeavam os direitos de igualdade de gênero e dos indígenas americanos, assim como também eram abolicionistas. Eles mantinham duas publicações próprias, denominadas “The Medley” e “The Knickerbocker”, com vários artigos que satirizavam os acontecimentos e os ícones da época.

A Ordem dos Assassinos

Ordem de Assassinos foi uma seita fundada no século XI por Hassan Ibn Sabbah, conhecido como O Velho da Montanha. Seu fundador criou a seita com o objetivo de difundir nova corrente do ismaelismo, que ele mesmo havia criado. Sua sede era uma fortaleza situada na região de Alamut, no Irão. A fama do grupo se alastrou até o mundo cristão, que ficou surpreso com a fidelidade de seus membros, mais até que com sua ferocidade. Seu líder possuía cerca de 60 mil seguidores, segundo alguns relatos da época especulavam. Para Bernard Lewis, autor de Os Assassinos, haveria um evidente paralelo entre essa seita e o comportamento extremista islâmico, assim como o ataque suicida como demonstração de fé.

O ismaelismo é uma das correntes do esoterismo islâmico, que se enquadra no Islão Xiita. O termo viria de "Assass" – ou seja, "os fundamentos" da fé islâmica. Mas muitas são as versões sobre essa nomenclatura, como nome da seita teria dado origem às palavras "assassino" e outras semelhantes em várias línguas europeias. Desde Marco Polo, que se acredita que o termo provém de "haxixe", ou que o nome da erva haxixe tem origem no ato de "haschichiyun", que significa "fumador de haxixe". Algumas fontes cristãs medievais relatam que os Assassinos teriam por hábito consumir esta substância antes de perpetrarem os seus ataques, induzindo-lhes a visão do Paraíso. Contudo, as fontes ismaelitas não fazem referência a qualquer prática deste tipo, sendo esta lenda resultado de relatos de Marco Polo e de outros viajantes europeus no Médio Oriente.

No entanto, Amin Malouf afirma que a verdade é diferente. De acordo com textos que chegaram até nós a partir de Alamut, Hassan-i Sabbah gostava de chamar seus discípulos de Asasiyun, ou seja, pessoas que são fiéis à Asas, que significa "fundação" da fé. Esta é a palavra, mal compreendida pelos viajantes estrangeiros, que parecia semelhante ao 'haxixe' ". Apesar de andarem uniformizados na fortaleza de Alamut com trajes brancos e um cordão vermelho em volta da cintura, quando recebiam uma missão, camuflavam-se. Preferiam se misturar aos mendigos das cidades da Síria, da Mesopotâmia, do Egito e da Palestina para não despertarem a atenção. No meio da multidão urbana, eles levavam uma vida comum para não atrair suspeitas, até que um emissário lhes trazia a ordem para atacar. Geralmente, eles aproximavam-se da sua vítima em número de três. Se por acaso dois punhais, lâminas ocultas nas mangas ou espadas fracassasse, haveria ainda um terceiro a completar o serviço. Atuavam em qualquer lugar - nos mercados, nas ruas estreitas, dentro dos palácios e até mesmo no silêncio das mesquitas, lugar por eles escolhido em razão das vítimas estarem ali entregues à oração e com a guarda relaxada. Até o grande sultão Saladino, seu inimigo de morte, eles chegaram a assustar, deixando um punhal com um bilhete ameaçador em cima da sua alcova.

Os Assassinos resultaram de uma disputa sucessória no Califado Fatímida, uma dinastia xiita que governou o Norte da África e o Egito nos séculos X e XI. Após a morte do califa fatímida al-Mustansir em 1094, Hassan ibn Sabbah recusou-se a reconhecer o novo califa, al-Musta'li, decidindo apoiar o irmão mais velho deste, Nizar. Em 1090, Hassan e os seus partidários já tinham capturado a fortaleza de Alamut, situada perto da actual cidade iraniana de Teerão. Esta fortaleza serviu como centro de operações, a partir da qual Hassan comandava a realização de ataques nos territórios que são hoje o Iraque e o Irão. A partir do século XII, os Assassinos começam a atacar a Síria, tendo tomado vários castelos situados nas montanhas de An-Nusayriyah. Um desses castelos foi Masyaf, a partir do qual Rashid ad-Din as-Sinan governou de forma praticamente independente em relação a Alamut.

Mão Negra

Unificação ou Morte também chamado de Mão Negra  (Црна рука, Crna ruka), foi uma organização nacionalista sérvia que recorreu ao terrorismo como uma forma de atividade política, e tinha conexões com alguns elementos pan-eslavistas do Governo da Sérvia. A sociedade secreta fundada no Reino da Sérvia em 10 de junho de 1910, por ex-membros de uma sociedade semissecreta chamada Narodna Odbrana (Defesa do Povo), dedicado à realização do pan-eslavismo e do nacionalismo, por meio de assassinatos, com a intenção de unir todos os territórios com populações eslavas do Sul anexadas pela Áustria-Hungria. O objetivo declarado de reunificação, em um Estado único todos os membros do povo sérvio, significava um confronto com a Áustria-Hungria, que dominava a Bósnia e Herzegovina, território, que de acordo com a organização, deveria ser integrado ao novo Estado sérvio.

A Mão Negra foi o grupo responsável por planejar e organizar o assassinato do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando da Áustria e sua esposa Sofia Chotek, em Sarajevo (ver: Atentado de Sarajevo), o atentado e suas consequências foram um dos gatilhos da Primeira Guerra Mundial. No entanto, os autores do ataque eram membros da organização Jovem Bósnia. A organização exigia obediência total aos seus membros e ordenava a execução daqueles que considerava seus inimigos. Um de seus principais membros foi Dragutin Dimitrijević "Apis", um dos principais conspiradores do Golpe de Maio de 1903. Foi herdeira deste conluio que acabou com a dinastia Obrenović ao assassinar o rei Alexandre I da Sérvia e a rainha Draga Mašin; e perpetuou o poder dos conspiradores na vida política do país, com consequências desastrosas. Aumentou o poder dos conspiradores na corte, no parlamento e nos vários governos no início do século XX. A organização foi extinta em 1917 pelo Governo da Sérvia após o julgamento de Salônica. Foi a primeira organização terrorista no mundo.

Cicada 3301

Cicada 3301 é constantemente citado como o mais elaborado e misterioso enigma da internet, uma vez que deixa criptoanalistas e hackers coçando as suas cabeças. É meio que uma mistura entre um concurso, entrevista de emprego e um quebra-cabeça altamente complexo. Cicada 3301 ocorre todo ano, mas ninguém sabe quem está por trás dele, ou o prêmio que aguarda a pessoa que o resolver. O primeiro enigma, apareceu na internet no dia 5 de Janeiro de 2012, e duas rodadas subsequentes foram lançadas no mesmo dia dos anos seguintes. Durante o primeiro ano, Cicada 3301 começou com uma foto no site 4Chan, junto com a mensagem “Olá. Nós estamos procurando por indivíduos altamente inteligentes. Para encontrá-los, nós decidimos realizar um teste. Há uma mensagem escondida nesta imagem, Encontre-a, e ela irá te levar para a estrada para nos encontrar. Estamos ansiosos para atender os poucos que irão conseguir percorrer o caminho todo.” A mensagem foi simplesmente assinada com “3301”.

O quebra-cabeça que se seguiu focado fortemente em segurança de dados, criptografia e esteganografia. As pistas foram espalhadas em locais por todo o mundo, desde os EUA à França e Polônia, dentro das várias formas de comunicação, incluindo a internet, telefone, CDs de boot do Linux, imagens digitais, e os sinais de papel. As pistas também referenciavam vários livros, poesia, arte e música. Pistas são sempre assinados pela mesma chave privada enigmática para confirmar a autenticidade. Devido a sua natureza, muitos especularam que Cicada 3301 é uma ferramenta de recrutamento da agência governamental de inteligência. Alguns afirmam que pode ser um jogo de realidade alternada, enquanto outros acreditam que Cicada 3301 é uma sociedade secreta com o objetivo de melhorar a criptografia, privacidade e anônimato. Desde que as pistas reveladas até agora foram encontradas em um grande número de localizações, bem distante uns dos outros. Cicada 3301 também é considerado como estar bem financiado. Mas ninguém realmente sabe, dado o fato de que nenhuma empresa ou indivíduo tentou levar o crédito por isso.

Ao longo dos anos, muito poucos indivíduos afirmaram ter completado as rodadas finais altamente complexas e 'ganharam' o concurso, mas nunca revelaram suas identidades e a pessoa misteriosa ou organização por trás da Cicada 3301, e nunca verificou essas reivindicações também. Houve um rumor em 2012, que um e-mail foi enviado para os indivíduos que completaram o quebra-cabeça, no qual eles receberam uma avaliação da personalidade. Após passar nesta fase, os participantes foram recrutados supostamente, mas ninguém realmente sabe se isso é verdade. O analista de sistemas sueco Joel Eriksson é uma das poucas pessoas que decifraram o enigma, mas nunca chegou a descobrir o que era, no final de tudo. Quando ele viu a primeira imagem que foi postada junto com a mensagem, em 2012, ele imediatamente o reconheceu como um exemplo de esteganografia digital, que é a ocultação de informação secreta dentro de um arquivo digital. A técnica é comumente associada com atividades criminosas como a pornografia infantil e o terrorismo.

Quando ele reconheceu a fotografia, a curiosidade de Eriksson foi despertada e ele decidiu dar ao jogo uma chance e em poucos minutos ele encontrou um endereço web enterrado no código da imagem. Para sua surpresa, o link levou à imagem de um pato com a mensagem: "Opa! Apenas chamarizes desta forma. Parece que você não pode imaginar como passar a mensagem, nesse ponto Eriksson estava atraído pelo “jogo”. Assim, ele juntou com outras variáveis e encontrou outra mensagem escondida no pato, ligando para um quadro de mensagens Reddit, onde estranhos símbolos de pontos e linhas estavam sendo postados. Eriksson percebeu que estes eram os números maias, então ele traduziu-os. Ele admitiu que, até então, os quebra-cabeças não envolviam quaisquer habilidades avançadas, mas depois as coisas começaram a ficar realmente interessante.

Os quebra-cabeças lentamente começaram a direcionar para várias direções diferentes, caracteres hexadecimais, engenharia reversa, números primos, em que as imagens do inseto cigarra (Cicada=Cigarra) se tornou um motivo comum. "Eu sabia que cigarras só surgem a cada número primo de anos, 13 ou 17, para evitar a sincronização com os ciclos de seus predadores de vida", disse ele. "Foi tudo começando a se encaixar."  Eriksson explicou que, como a palavra do quebra-cabeça se espalhou pelo web, milhares de codebreakers amadores entraram para a caça em busca de pistas. Vários usuários do 4chan, de fato começaram a decodificação de mensagens coletivamente, o que provavelmente não era o que a organização pretendia. Mas Eriksson resolvia as pistas sozinho, mesmo tendo tempo fora do trabalho para focar o enigma misterioso tempo integral. Em um ponto, uma pista levou a um número de telefone com base no Texas, mas ele só levou a uma secretária eletrônica. Mas multiplicando os dígitos, ele encontrou um novo número primo e um novo site com uma contagem regressiva e uma enorme imagem de uma cigarra.

"Foi emocionante, de tirar o fôlego até agora", lembrou Eriksson. "Esse sentimento compartilhado da descoberta foi imensa. Mas o enredo estava prestes a engrossar ainda mais. "Quando a contagem regressiva chegou a zero, em 05:00 GMT em 9 de janeiro de 2012, ele exibiu coordena 14 GPS em todo o mundo que vão desde Seattle para Sydney. Como solucionadores amadores de todo o mundo deixaram seus computadores para investigar esses locais, eles encontraram cartazes ligados a lâmpadas, mais uma vez com a imagem de uma cigarra e um QR code.

"Foi emocionante", disse Eriksson. "De repente eu estava ciente de quanto esforço que deve ter vindo a colocar em criar este tipo de desafio. Quando os QR codes foram decodificados, a mensagem escondida apontou para um endereço TOR que permitiu o acesso à Deep Web, que é a grande parte, obscura da internet e que não pode ser indexada pelos motores de busca. Esta parte da internet é estimada em 5.000 vezes maior do que a web de superfície, e acreditado conter anéis de tráfico humano, mercados de drogas no mercado negro e redes terroristas. Infelizmente, o caminho da Cicada terminou abruptamente na Deep Web, depois de um certo número de solucionadores visitarem o endereço, ele fechou com a mensagem: "Nós queremos o melhor, não os seguidores." É quando os rumores começaram que uns poucos escolhidos tiveram e-mails recebidos. Infelizmente, Eriksson não era um deles. "Foi a minha maior tristeza, quando eu muito tarde para registrar o meu e-mail no serviço oculto TOR", disse ele. "Se o meu ciclo de sono tivesse sido diferente, eu acredito que eu teria sido um dos primeiros."  

Curiosamente, houve uma nova mensagem da Cicada foi postada no site Reddit algumas semanas mais tarde: "Olá. Descobriu-se agora os indivíduos que buscavam. Assim, a nossa viagem de um mês termina. Por enquanto. "E então tudo ficou quieto, terminando apenas tão abruptamente como tinha começado. Claro, Cigarra 3301 lançou novos quebra-cabeças em 2013 e 2014 com a mensagem: "Olá novamente. Nossa busca por indivíduos inteligentes agora continua. Mas nenhum novo quebra-cabeça já apareceu em cinco de janeiro de 2015. Ninguém está mais perto de saber a origem de tudo isso, mas Eriksson insiste que essa é a beleza da coisa. "É impossível saber ao certo até que você tenha resolvido tudo."

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