No
Livro (apócrifo) de Enoque é descrito com detalhes todo o desenrolar da
desgraça que se abateu a esse grupo de seres, que por hora chamaremos de
celestiais, liderados por Samyaza, um anjo de grande poder que liderou a
rebelião e deste grupo de anjos e não Lúcifer. A palavra Lúcifer, do latim Lux
+ fero = que traz luz é citado na Vulgata (versículo 12 cap. 14 Isaias) Mas na
tradução das bíblias grega e hebraica esse nome não aparece, veja na tradução
correta: “Como caíste do céu, estrela filha da manhã. Foste atirada na Terra
como vendedora das nações” e São Gerônimo a reescreve desta forma: "quomodo
cecidisti de caelo Lúcifer (astro brilhante, ou luz matutina) qui mane
oriebaris corruisti in terram qui vulnerabas gentes".
Fica
evidente que o termo é latino e lançado por São Gerônimo quando da tradução da
Vulgata. Essa correção é necessária para que possamos abandonar um pouco a
interpretação religiosa que se utilizou deste evento para criar ou dar
explicação do bem e do mal, colocando Lúcifer como o anjo caído (moralmente)
que desafiando a Deus tornou-se Satanás ou Diabo ou qualquer dos diversos nomes
dados a este ser que sendo quase perfeito, decaiu, involuiu, degradando-se a
ponto de tornar-se o próprio mal e causador de toda iniquidade. Da mesma os
outros anjos decaídos tornaram-se os demônios, espíritos sem moral e
atormentadores do homem. Porém isto nada mais é que uma interpretação
conveniente para a igreja e vigente até hoje nos meios religiosos.
O
que nos interessa, como já foi dito é juntar os pontos, linkar as informações
contidas nos vários relatos de outros povos e assim encontrar elementos
parecidos, quem sabe assim podemos chegar a vislumbrar o que realmente pode
estar por trás do episódio dos anjos caídos. O Dilúvio é relatado, segundo
Antropólogos, em centenas de povos e culturas diferentes do mundo é descrito em
fontes americanas, asiáticas, sumérias, assírias, egípcias e persas, entre
outras, de forma semelhante ao episódio bíblico.
O
Deus Inca Viracocha teria mandado o dilúvio para acabar com uma raça de
gigantes (Neflins) e após este evento teria designado a repovoação da Terra a
dois irmãos. No Dilúvio Maia, deuses após criarem seres para povoar a Terra,
perceberam que estes seres eram arrogantes, não obedientes e insatisfeitos
mandaram o dilúvio para acabar com essa raça de seres (não poupando nenhum
deles). No Dilúvio Sumeriano, o grande Gilgamesh semideus em suas andanças em busca
da imortalidade encontra Utnapishtim e sua esposa (únicos imortais) os quais
contam a ele a história do dilúvio (do qual foram poupados pelo Deus EA), que
havia sido mandado pelos deuses para exterminar com a humanidade desobediente. No
Dilúvio Grego, Poseidon a mando de deus resolve inundar a terra para por fim a
vida da humanidade que havia aceitado o fogo de prometeu no Monte Olimpo. No
dilúvio Hindu, nas escrituras védicas da índia, Svayambuva Manu foi avisado
sobre o dilúvio por uma encarnação de Vishnu.
Os
elementos em comum sempre são que algum Deus insatisfeito com a raça de
viventes na Terra, resolve por fim a esses seres mandando um dilúvio, em quase
todos os relatos, algum ser é poupado desse castigo (testemunha que conta os
fatos).
Há
um consenso nessas histórias que seres que habitavam o planeta não obedeciam
aos deuses e foi necessário um evento a nível mundial que os exterminasse,
destruindo também quase toda a humanidade. Interessante verificar que os tais
gigantes, ou seres desobedientes não eram humanos comuns, já que para
destruí-los era necessário destruir junto à humanidade inteira, portanto não se
tratavam de rebeldes comuns.
Bem
e afinal quem eram esses seres, anjos caídos, Neflins ou gigantes? Recorrendo as escrituras bíblicas encontramos
uma passagem interessante, com interpretação dúbia por parte dos teólogos
principalmente: "Também vimos ali gigantes, filhos de Enoque, descendentes
dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos
aos seus olhos. Números 13:33".
Eram
como gafanhotos é sempre interpretado como se referindo a quantidade, porém o
mais provável é que fosse quanto à aparência desses seres (diferentes na sua
aparência). O termo Neflim é traduzido como gigante, porém analisando esta
passagem podemos ver que o termo Neflim não é adjetivo para designar o tamanho
desses seres: "E infamaram a terra que tinham espiado, dizendo aos filhos
de Israel: A terra, pela qual passamos a espiá-la, é terra que consome os seus
moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. Números
13:32".
Comparando
essas duas passagens nota-se que Neflins e homens de grande estatura são dois
tipos de seres, se não fosse assim porque a diferença na designação desses
seres, nessas duas passagens. Além disso, temos esta outra passagem, de
tradução que omite a diferenciação entre os vários seres que habitavam aqui naquela
época. Vejam a diferença: "Também essa foi considerada terra de gigantes;
antes nela habitavam gigantes, e os amonitas os chamavam zamzumins; Um povo
grande, e numeroso, e alto, como os gigantes; e o SENHOR os destruiu de diante
dos amonitas, e estes os lançaram fora, e habitaram no seu lugar; Deuteronômio
2:21"
A
tradução como originalmente escrita: "Também essa foi considerada terra
dos Rephaim; os Rephaim habitavam ali anteriormente, e os amonitas os chamavam
zamzumins; Um povo grande, e numeroso, e alto, como os Anaquins e o SENHOR os
destruiu de diante dos amonitas, e estes os lançaram fora, e habitaram no seu
lugar; Deuteronômio 2:21".
Ao
traduzir tudo como gigantes, perde-se uma informação crucial: de que havia mais
de uma raça de seres, diferente dos humanos, habitando nosso planeta. Zecharia
Sitchin, pesquisador e especialista de escrita cuneiforme dedicou sua vida a
tradução das tabuinhas sumerianas, povo que descreve a saga de seres
alienígenas oriundos de um planeta Nibiru, que aqui chegaram em busca de um
mineral (ouro) para salvar a degradação da atmosfera de seu planeta. Estes
seres, os Anunnaki, exímios geneticistas precisaram criar uma raça de seres que
os servissem no trabalho de mineração e para isso misturaram seu próprio DNA
com o do símio que habitava o planeta para criar o homem. Toda a saga dos
Anunnaki é descrita nas tabuinhas sumérias com precisão de detalhes, o povo sumeriano
considerava os Anunnaki os deuses criadores, os que do seu vieram. Na bíblia
encontramos a correspondência nos Elohim palavra que designa o criador, mas que
está no plural, portanto criadores. Os Neflins seriam segundo as traduções de
Sitchin, fruto do cruzamento de alguns Anunnaki com as humanas, onde retornamos
ao episódio dos anjos caídos. Para mim fica muito claro que anjos caídos nada
mais são que seres advindos do espaço, divinizados e contados em forma de mitos
por todos os povos e culturas. Nada mais natural que interpretar desta forma.
Inconcebível para o homem simples e tacanho descrever seres de alta tecnologia
que chegaram aqui numa época em que nem a roda existia, o que dizer espaçonaves
e toda tecnologia que cercava estes seres que chegaram como criadores e colonizadores
aqui no planeta.
Porém
ouso dizer que não foram só os Anunnaki que habitaram a Terra nessa época
primordial, outras raças parecem ter passado por aqui. Os Anunnaki criaram o
homem a sua semelhança, portanto aspecto humanoide. Porém há inúmeros registros
de outro tipo de ser, também vastamente descrito em toda a mitologia, que são
seres de aspecto mais bizarro, geralmente reptóide, descrito em várias culturas
como o povo Serpente, ou dragão. Este povo pode ter habitado o planeta até
anterior aos Anunnaki, ter sido tão ou mais avançado tecnologicamente e que por
algum motivo não deixou descendência, como foi o caso dos Anunnaki.
Sobre
esse assunto há varias teorias, a grande maioria especulativa e não conclusiva,
sendo a mais difundida de todas a do canalizador David Icke, que se
autodenomina contatado ou escolhido, e que através de revelações foi informado
que uma raça reptiliana vive ainda aqui na Terra em mundos subterrâneos,
ligadas a algumas famílias detentoras do poder atual. Alex Collier, outro famoso
canalizador, também se denomina contatado e apregoa que essa raça de
reptilianos é maligna, carnívora e é responsável pelo desaparecimento de crianças
e pessoas por todo o mundo. Tirando o excesso de especulação e fantasia que
cerca o assunto, não podemos ignorar que são centenas de registros em centenas
de culturas que falam desse povo de aparência híbrida meio humano, meio réptil.
Voltando
ao assunto deste texto, anjos caídos, podemos conjecturar que talvez a história
envolvendo seres rebeldes que tomaram humanas para si e foram amaldiçoados
pelos deuses podem ser na verdade, duas raças distintas de seres que habitaram
este planeta uma disputa interplanetária pelo comando do planeta. Não se trata
de uma teoria, afinal não temos fundamentação para isto. Mas há indícios de que
este evento dos anjos caídos seja uma das pistas de que a história da
humanidade e do nosso planeta possa ter começado muito longe daqui, envolvendo
disputa de poder, recursos naturais, engenharia genética e muito mais. Cabe a
nós sempre abrirmos nossa mente e expandirmos nossa consciência, para conectar
as várias informações disponíveis que passam despercebidas e sofrem todo tipo
de distorção no decorrer da história por tantos grupos e seus interesses
escusos.
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